Apesar da aprovação de parecer favorável na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo à PEC 09/2023, do governador Tarcísio de Freitas que retira R$ 10 bilhões da educação anualmente, em sessão de quarta (28), a deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT) diz que a luta em defesa da educação continuará. Bebel fez voto em separado e lutou contra sua aprovação na comissão, diz que a luta iniciada desde que a proposta chegou à Assembleia Legislativa não para.
Para ela, “lamentavelmente, a maioria de deputados da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas aprovou parecer favorável à esta PEC que confisca verbas da educação, a pretexto de destinar à Saúde. Sim, a Saúde necessita de verbas, mas essas verbas não podem ser retiradas da educação. Durante vários meses fizemos a luta para que esse ataque não prosperasse na Comissão, com argumentos sólidos e fundamentados em defesa da educação pública, voto em separado e muita mobilização de professores, estudantes e movimentos sociais, a quem cumprimento e agradeço pelo que fizeram até o momento. A luta vai continuar, pois o projeto ainda tramitará na ALESP até a votação em plenário”, destaca Bebel, que é presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Casa.
De acordo com a Professora Bebel, a mobilização continua. “Estaremos presentes na ALESP em todos os momentos em que o projeto estiver em pauta e continuaremos trabalhando junto aos deputados e deputadas e à sociedade para despertar consciências sobre a gravidade deste ataque do governo bolsonarista de São Paulo à educação pública”, destaca, argumentando que a sua posição não é à toa. “Essa flexibilização terá impacto na qualidade da educação do Estado, na formação, no salário e nas condições de aprendizagem para os alunos e, de trabalho, para os professores”, afirmou, agradecendo aos professores, estudantes, pais de alunos e lideranças de movimentos sociais que desde o ano passado tem participado das mobilizações contrárias a esta mudança na Constituição Estadual, que reduz de 30% para 25% o percentual a ser investido na educação pública estadual.