Eleições – Bebel cuidará de Piracicaba e dos piracicabanos

Única pré-candidata mulher para prefeita, Bebel destaca que a sua meta como prefeita será de cuidar das diversas áreas da cidade, apresentando propostas que fortaleçam os serviços públicos e atendam as necessidades da população.Crédito: Divulgação

 

“É papel do poder público trabalhar para todos os cidadãos e cidadãs”, afirma a Professora Bebel, ao iniciar a resposta a esta entrevista

 

A Tribuna — Pergunta (P) — Como o candidato (a) pretende tratar as ocupações urbanas na cidade por famílias que não tem onde morar?

Bebel — Resposta (R) — É papel do poder público trabalhar para todos os cidadãos e cidadãs, sobretudo para os menos favorecidos, as camadas mais pobres da população. Moradia é direito básico, fundamental. Ninguém deveria ser privado desde direito e, no entanto, milhares de famílias em Piracicaba se encontram nesta situação. E cabe à prefeitura buscar soluções. É por isso que me candidatei para ser prefeita de Piracicaba. Vamos ter uma política de habitação, nos termos do que foi a Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional no governo do prefeito José Machado, não mais para construir casas, mas para coordenar todo programa de habitação no município. Também iremos trabalhar junto ao governo federal pela ampliação do Programa Minha Casa Minha Vida, que já entregou mais de 34 mil moradias, em todas as faixas de renda, no nosso município. Mas precisamos de mais moradias. Temos um déficit de pelo menos 14 mil moradias na cidade. Também trabalharei para regularizar as centenas de moradias nas mais diversas regiões da cidade, para que seus proprietários, enfim seus moradores, tenham a efetiva segurança do seu patrimônio. É questão de cidadania, garantir essa segurança jurídica. Por exemplo, o bairro de Santa Olímpia já está com todos os seus trâmites efetivados, portanto, tem que ser regularizado e assim faremos nos demais bairros da cidade, com a Prefeitura dando total apoio. Enfim, a habitação passará a ser tratada em Piracicaba como política de estado.

 

P — Os servidores municipais somam mais de 8 mil trabalhadores, entre os ativa e aposentados, e como o candidato (a) pretende valorizar essa categoria?

R — Os servidores públicos são a alma e motor de serviços públicos de qualidade. Somente profissionais valorizados podem dedicar-se de forma integral e satisfatória a atender a população como ela precisa e merece. A Prefeitura é prestadora de serviços, e, portanto, tem que ter funcionários valorizados e comprometidos em servir bem a população. Há anos que as administrações vêm praticando uma política de desvalorização de seus servidores, isso não é correto, uma vez que Piracicaba tem recursos suficientes para reconhecer financeiramente a importância dos servidores municipais. Meu compromisso é estabelecer um canal permanente de negociações com as entidades representativas do funcionalismo municipal, sempre ouvindo suas reivindicações e trabalhando para encontrar, por meio do diálogo, as melhores soluções

 

P — Piracicaba sofre com a falta de leitos hospitalares. Qual é a proposta do candidato (a) para resolver essa situação?

R — De fato, a rede de saúde pública em Piracicaba está muito aquém das necessidades de um Município que está entre as 13 maiores economias do estado. Não existem soluções fáceis para problemas complexos. É necessário construir hospitais e ou ampliar as parcerias com os hospitais que fazem atendimento através do SUS, assim como trabalhar para que o Hospital Regional funcione com toda sua capacidade, garantindo mais leitos e cirurgias para atender a demanda, assim como é necessário investir em prevenção e é o que iremos fazer. Isso envolve mais unidades de saúde, mais equipes de agentes comunitários e médicos de família, assim como investimento em saneamento e educação. Vamos priorizar a atenção básica e garantirmos mais médicos na rede municipal, com melhor valorização desses profissionais, assim como garantir um plano de carreira para os profissionais da saúde, que cuidam de vidas. De novo, o esforço não deve ser apenas da Prefeitura, mas deve envolver também o governo do Estado e o governo federal e já iniciaremos nossa gestão trabalhando nessa direção. Para isso, além do nosso pessoal que está elaborando o programa robusto para a saúde, contaremos com a efetiva participação do nosso vice-prefeito, o Dr. Perci, médico com experiência de mais 36 anos na rede municipal de saúde.  Vamos colocar em prática uma política de estado na saúde.

 

P — Qual é a proposta do candidato (a) para a mobilidade urbana, uma vez que nos horários de pico a cidade tem diversos gargalos que param o trânsito?

R — Há dois vetores importantes nessa questão. O primeiro, melhorar a fluidez no trânsito para veículos particulares e transporte coletivo. O segundo, melhorar e ampliar o transporte coletivo, para reduzir a necessidade do transporte individual. Desde a gestão do nosso companheiro José Machado, que se encerrou em 2004, nada de realmente importante foi feito para melhorar o transporte coletivo. A cidade cresceu e novas necessidades surgiram. Precisamos fazer uma revolução no transporte público da cidade.  Vamos estudar a nova dinâmica da cidade, para criar formas mais ágeis de transporte público nos bairros e novas formas de integração de todo o sistema. Ao mesmo tempo, estudar eventuais obras de engenharia necessárias para melhorar a fluidez do tráfego. Para isso, já criamos um GT especial para estudar a mobilidade urbana da cidade, cujas propostas estarão no meu plano de governo. É preciso atuar pontualmente, mas pensar e planejar Piracicaba já para o futuro, fazendo a grande transição ecológica, preservando e recuperando o meio ambiente. A vida é o nosso maior bem e tem que ser protegida.

 

P — Como o candidato (a) pretende tratar o morador e a moradora de rua?

R — Acolhimento e empatia são as palavras-chave. Ninguém mora nas ruas porque quer. É preciso compreender a situação de cada pessoa em situação de rua para encontrar soluções. O que causou essa situação? Qual é a realidade atual? A pessoa tem família ou não. Enquanto perdurar a situação, a prefeitura tem a obrigação de tratar essas pessoas com respeito e garantir locais para repouso, banho, alimentação, além de desenvolver programas específicos para a recolocação de todas as pessoas possíveis no mundo do trabalho. Temos que dar amor a essas pessoas, que certamente não estão ali porque querem. No meu governo, pode ter a certeza que o amor ao próximo será a palavra de ordem, acompanhada de políticas ousadas para que possam reunir forças e voltar a ter seu espaço e convivência na sociedade.

 

P — Qual o tratamento que o candidato (a) dará à mulher vítima de violência doméstica?

R — Esse é outro tema que lamentavelmente tem sido cada vez mais relevante. Nos últimos meses, como em outras cidades do estado e do Brasil, Piracicaba foi palco de feminicídios e agressões contra mulheres por parte de seus companheiros e ex-companheiros e namorados. É preciso dar um basta. Isso passa, inclusive, pela educação. É preciso, desde cedo, nas escolas, combater o machismo e a misoginia. Precisamos criar uma rede de proteção à mulher, locais e canais onde ela se sinta segura, confortável e acolhida para denunciar, casas-abrigo, programas de auxílio para que essas mulheres possam recomeçar suas vidas com seus filhos. E cobrar do Estado a ampliação das delegacias da mulher, com atendimento 24 horas e equipes especializadas, que respeitem e acolham as mulheres vítimas de violência e apliquem com integralidade a Lei Maria da Penha.

 

P — O que o candidato (a) vê o atual plano diretor de desenvolvimento da cidade?

R — Infelizmente, o Plano Diretor de Piracicaba foi esgarçado, a cidade cresceu de forma desordenada, enfim, não houve o planejamento que se espera de uma cidade. Tudo isso, prejudica a oferta dos serviços públicos e eleva o preço da terra, criando vazios urbanos, que nada contribuem para o desenvolvimento robusto da cidade. É preciso pensar Piracicaba  para daqui 20, 30 anos…. Não podemos ser imediatistas. Esse crescimento desordenado de Piracicaba trouxe problemas crônicos, eliminando o cinturão verde e, ao mesmo tempo, penalizando pequenos sitiantes com a cobrança de IPTU. Certamente, é algo que teremos que rever, enfim, revisar o Plano Diretor ouvindo a população e enxergando as suas necessidades e já pensar também em um novo distrito industrial, enfim, garantir o desenvolvimento da cidade de forma ordenada, garantindo a preservação do meio ambiente e, consequentemente, da vida.

 

P — Qual o plano do candidato (a) para resolver a falta de água que atinge diversas regiões da cidade e quais os planos para o Semae?

R — Infelizmente, hoje, com a parceria pública privada, 50% da arrecadação do Semae vai direto para a empresa responsável pelo tratamento de esgoto coletado, mas é fácil, andando pela cidade, detectar que ainda há muito esgoto correndo a céu aberto. Precisamos resolver esta situação, uma vez que é questão de saúde pública, assim como precisamos investir na substituição do encanamento de água, que é antigo, já que quase 50% da água tratada acaba se perdendo pelo caminho. Além disso, precisamos ampliar tanto a captação como a rede de distribuição e construirmos novos reservatórios de água, para garantirmos o abastecimento  em todos os bairros da cidade. Não é justo a população ficar sem água. Temos que fortalecer o Semae, que já foi considerado o primo rico da Prefeitura, nos governos do companheiro José Machado. Atualmente, faltam investimentos e o Semae só não entrou em colapso graças ao seu quadro de funcionários que é comprometido. Para fazer os investimentos, pode ter a certeza que, como embaixadora de Piracicaba junto ao governo do presidente Lula, buscaremos recursos no governo federal, no BNDES, a população não pode sofrer com o comprometimento no abastecimento.  Água é vida, e também precisamos garantir a proteção e recuperação dos nossos mananciais.

 

P — Qual a proposta do candidato (a) para a segurança pública, educação, clima, e outros temas que entender importante esclarecer?

R — A mudança climática é uma realidade. As catástrofes como a do Rio Grande do Sul, na Bahia em Manaus  estão aí para nos lembrar. Nossa região possui riquezas naturais importantes que se degradam sem cuidados. É preciso equilibrar desenvolvimento e preservação. Queremos desenvolvimento sustentável e vamos trabalhar nisso, em parceria com toda a sociedade. Educação é área-chave, perpassa tudo. É a razão de tudo que fiz e faço, porque ela é estruturante para a cidadania, a cultura, a justiça, o respeito à diversidade, direitos humanos, saúde, tecnologia, desenvolvimento econômico e social, enfim, todos os aspectos da nossa vida. Merecerá de nossa gestão toda a prioridade que merece, em termos de acesso e qualidade. Na educação também está inserida nossa luta por uma universidade federal em Piracicaba. Precisamos garantir opções de estudos para nossa juventude, assim como valorizarmos a ciência, que garantem as pesquisas. A segurança pública envolve trabalhar junto ao Estado para ampliar o efetivo e a eficiência das polícias em termos de proteção e investigação, mas envolve também o papel da prefeitura e garantir iluminação e serviços públicos em todas as regiões do município, para inibir as ações criminosas, além do papel auxiliar da Guarda Municipal, assim como faremos parcerias com o governo federal, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), garantido mais recursos para a área da segurança. Esse programa destina-se à prevenção, controle e repressão da criminalidade, atuando em suas raízes socioculturais, além de articular ações de segurança pública com políticas sociais por meio da integração entre União, estados e municípios.

 

P — Qual a sua relação com os governos federal e estadual que possa contribuir com a cidade de Piracicaba?

R — No interesse do povo piracicabano, a prefeitura precisa se relacionar bem com os governos estadual e federal, independentemente de posições políticas. É o que faremos, em cima das necessidades e anseios de Piracicaba. Neste sentido, tenho enorme orgulho em ser considerada pelo presidente Lula embaixadora de seu governo em Piracicaba. Buscarei sempre, em ambas as esferas, toda a ajuda que for necessária para o nosso povo,  como já tenho realizado como deputada estadual, enfim, a primeira mulher piracicabana a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Vamos desenvolver em Piracicaba políticas de estado, que venham para ficar, que possam  ajudar resolver problemas crônicos da cidade, em suas mais diversas áreas, seja na saúde, na educação, na habitação, na cultura, turismo, na revitalização da nossa área central…., e na valorização de cada morador de Piracicaba, enfim, da nossa gente.

 

P — Por que ser candidato (a)?

R — Porque amo minha Piracicaba e dói-me ver o abandono que vem sofrendo durante muito tempo, e não apenas no governo atual. Piracicaba deve e precisa ser bem cuidada. Não adianta realizar obras no último ano de governo, pois os problemas da cidade não se resumem ao sistema viário. Envolvem saúde, educação, segurança pública, segurança alimentar, moradia, direitos humanos, enfim, tudo aquilo que significa uma vida digna para todos e não apenas para uma parte da população. Esse amor por Piracicaba me faz ver que nosso município tem muitas potencialidades ignoradas por aqueles que possuem uma visão gerencial da gestão pública e são incapazes de enxergar as necessidades e possibilidades econômicas, sociais, culturais, turísticas, tecnológicas que existem no território e na população. Esses políticos conservadores, inclusive aqueles que passaram pela prefeitura e deixaram muito a desejar, não têm foco nos interesses da maioria do povo, não vêm a educação como um elemento de desenvolvimento e transformação social e governam sempre para a mesma minoria.

 

P — Uma mulher para cuidar de Piracicaba?

No dia 6 de outubro, a população piracicabana vai exercer um direito fundamental, que é o de escolher um futuro melhor para o nosso município, não apenas na sua área urbana, mas também na área rural. Por isso, é importante escolher muito bem quem vai governar a prefeitura até 2028 e os vereadores e vereadoras que irão compor a Câmara Municipal. Pessoas que tenham projetos que possam melhorar a vida de todos na nossa cidade. Piracicaba precisa ser finalmente governada por uma mulher, que entende as necessidades da maioria da população, composta por mulheres, mães, donas de casa, muitas delas chefes de família, provedoras, que necessitam de serviços públicos de qualidade para si e para os seus. Somos a maioria da população piracicabana e minha eleição vai quebrar esse paradigma e garantir que, finalmente, Piracicaba, seja governada por uma mulher, que representará a todos, homens, mulheres, crianças, a juventude e a nossa população idosa, que precisa de uma atenção especial. Serei a prefeita de todos, para cuidar bem da nossa Piracicaba.

 

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