Daniela Menochelli
Nos últimos meses, a cidade de Piracicaba tem passado por uma intensa transformação, não para melhor aos olhos dos seus moradores. O que deveria ser um progresso visando melhorias estruturais e urbanísticas, tem se tornado um pesadelo diário para quem vive e trabalha no local.
Ruas que eram tranquilas agora são cruzadas por máquinas pesadas e operários em constante movimento. Avenidas congestionadas não apenas pelo tráfego, mas também por barreiras de concreto e placas de desvio, tornaram-se o novo normal para os residentes locais. O caos de uma cidade que virou canteiro de obras tem deixado a população revoltada e frustrada com os impactos negativos em suas rotinas diárias.
O problema não se resume apenas ao trânsito lento e aos ruídos incessantes. Comerciantes locais reportam queda nas vendas devido à dificuldade de acesso aos estabelecimentos, enquanto moradores enfrentam problemas e dificuldades no caminho do trabalho, ao levar os filhos para escola.
“Está insuportável. Todos os dias é um novo obstáculo para chegar ao trabalho. Parece que não há fim à vista para essas obras”, e há muitos lugares que nem precisava de recapeamento, tampouco concretar a rua e lá está a prefeitura causando transtorno, desabafa os moradores e trabalhadores da área central.
Populares afirmam ser inadmissível realizar tantas obras em apenas alguns meses que antecedem as eleições municipais, sem planejamento, sem estrutura, obras que pareciam finalizadas sendo refeitas. Moradores da região de Santa Terezinha enfrentam mais de duas horas de congestionamento todos os dias em horários de pico.
As críticas se intensificam contra a falta de comunicação efetiva por parte das autoridades responsáveis pelas obras. Moradores afirmam não ter sido adequadamente informados sobre o cronograma e a extensão dos trabalhos, o que agrava ainda mais a insatisfação geral.
Enquanto isso, a vida na cidade continua sob o espectro do caos urbano, onde cada esquina parece esconder uma nova surpresa desagradável para os seus habitantes. A esperança de retorno à normalidade e à tranquilidade parece distante, enquanto a cidade luta para equilibrar o tal progresso com a qualidade de vida de seus cidadãos.
Daniela Menochelli, jornalista.