Douglas S. Nogueira
Convênio médico? Para quê? Qual a razão para se manter clientela com um serviço, que muita das vezes por motivo de carências omite atendimentos ou não permite a realização de exames?
O engraçado é que as tão alegadas carências, na questão do pagamento dos boletos por parte dos clientes não existe, contrata-se o serviço médico hoje e daqui alguns dias já deve ser quitado a primeira parcela, de um boleto que curiosamente não erra de maneira alguma o caminho de nossas casas, naquele dia estipulado no ato do contrato, a folhinha ou carnezinho pousa em nossas residências com a maior “cara-de-pau” e diga-se de passagem com valores exorbitantes, já que daquele contrato o qual estipulou um valor a ser pago, quem realmente absorve benefícios é nada mais nada menos que sabe quem? A sociedade proprietária do convênio. Surpresa? O que é isso? Assim como muitas organizações que utilizam de marketings maldosos para explorarem o povo, os convênios médicos também agem dessa forma.
É absurdo e revoltante uma verdade dessas, mas os convênios médicos são criados para que a sociedade envolvida ganhe dinheiro e mais dinheiro, simplesmente para isso. E a saúde dos clientes, o que significa? Absolutamente nada! Já que deixa você, por exemplo, de pagar duas parcelas, e verás se serás atendido (a) no caso até mesmo de uma emergência, terás que infelizmente correr para as portas de pronto socorros subsidiados pelo criticado SUS (Sistema único de Saúde), mas que coerentemente deve-se ressaltar aqui que em diversas ocasiões chegar a salvar vidas, as quais os nossos mercenários (trabalha por dinheiro e não por amor ou objetivo) convênios médicos omitiram atendimento.
As carências definidas nos contratos são dignas de rebeliões em frente às sedes dos convênios. Se uma pessoa contrata o serviço nesse mês, absurda e inexplicavelmente poderá utilizar muitos benefícios embutidos no mesmo, somente daqui a seis, sete, oito ou até doze meses, além do que se essa mesma pessoa procurou o serviço e firmou contrato já com um problema de saúde, somente restará como já falado correr para os “braços” do SUS, pois a alegação dos convênios é que o indivíduo já se encontrava com o problema antes de aderir ao serviço, como eles mesmos definem, possuía uma pré-existência e o pior é que as carências definidas não há quem consiga revertê-las, para que possa receber o atendimento ou realizar um exame. Além do mais, É brincadeira, um verdadeiro crime!
Saúde é um quesito nas nossas vidas que não tolera aguardar um atendimento, exame ou solução, é um ponto que exige rapidez e viabilidade e mesmo assim ouvimos dos convênios médicos essas criminosas exigências, cercadas de carências e regulamentos inexplicáveis?
Sabemos que aqui no Brasil somos infelizmente ainda obrigados a contratarmos serviços médicos particulares, já que nossa saúde pública deixa muito a desejar, por outro lado enxerga-se em tais serviços uma displicência e indiferença para com a saúde das pessoas, algo que às vezes o serviço público dependendo do local de atendimento não demonstra.
São inúmeros os convênios médicos particulares existentes, porém todos eles com as mesmas características displicentes de atendimento. Existe carência? Não se atende ou realiza exames, o cliente deve então esperar o término da mesma ou buscar outras soluções, como absurdamente pagar para o mesmo serviço um valor a parte no intuito de receber o desejado atendimento ou realizar o necessário exame.
Então para quê existem convênios médicos particulares, se a displicência em relação à saúde das pessoas chega de uma forma ou de outra a igualar com o criticado SUS?
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Douglas S. Nogueira, [email protected], www.douglassnogueira.blogspot.com