Oratória na Era Digital: Conexões verdadeiras

 

Fermino Neto

 

Mais uma vez estamos num debate nacional bem politizado sobre o aborto. E o aborto é a atitude mais drástica para destruir toda e qualquer possibilidade de conexão. Vamos combinar, o aborto a grosso modo cheira à incomunicação, morte, não vida.

Comunicativa, solidária e empática, nossa Madre Teresa de Calcutá escreveu ao Papa João Paulo 2 nos idos de 1980:  “Eis porque o aborto é um pecado tão grave. Não somente se mata a vida, mas nos colocamos mais alto do que Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer”.

A pujança do processo comunicativo é, por excelência, também oblativo, doador como em tudo num ambiente teocêntrico. Por isso, mais do que pensar num conjunto de regras para se comunicar em público, vamos hoje pensar no poder das conexões entre os seres vivos. Conexões que sejam verdadeiras, profundas, positivas e saudáveis, que se fundamentem na afirmação da vida e não em sua negação.

No mundo business, estamos na era do network, dos relacionamentos, onde as conexões verdadeiras promovem um ambiente otimista. Por isso, aconselhamos o estimado leitor a pensar muito em que tipo de pessoas o cercam; no masculino e no feminino.

Analise se no ambiente onde está existem oportunidades ou se é possível criá-las. Ouça na essência para criar vínculos genuínos, de maneira a tratar as pessoas como elas precisam e desejam ser tratadas. Conserve seu bom humor e positividade.

A conexão emocional é um vínculo profundo que ocorre entre duas ou mais pessoas. É uma conexão que vai além do nível superficial e se baseia na compreensão e na empatia mútua. É a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos e emoções do outro, estabelecendo uma comunicação emocional autêntica e significativa.

Dai que, ao iniciar falando do aborto tão debatido no Congresso Nacional, conforme a forma de abordagem vem sendo tratado com certa leviandade por pura polarização política. Mas o aborto como quase tudo na vida é um gerador de dores e sofrimentos ao casal e seus descendentes por representar uma brusca ruptura no sistema de comunicação que ameaça o equilíbrio da vida futura de pessoas inocentes.

Podemos, com isso concluir que um indivíduo mesmo excluído do sistema familiar, mesmo sem o poder de dizer uma única palavra, ele gera uma realidade completa com duras consequências  adeternum naquele núcleo familiar por gerações.

 

Aos que já passaram pelo aborto, em caso de ter sido espontâneo convém conversar com aquela criança mediante o vazio que tal existência gerou, dizer: “Meu querido filho ou filha (fale o nome), eu sinto muito por tudo que lhe aconteceu. Por algum motivo você não pôde ficar, mas você sempre será o meu XX (primeiro, segundo, terceiro…) filho. Este é o seu lugar. Eu vejo você, você faz parte, você pertence a nossa família. Você sempre estará vivo e presente no meu coração e na nossa família”.

Mas, em caso de aborto provocado pode-se dizer: “Meu querido filho (fale o nome), eu sinto muito por tudo que te aconteceu. Por algum motivo eu não consegui fazer diferente, mas você sempre será o meu XX (primeiro, segundo etc) filho. Este é o seu lugar. Eu vejo você, você faz parte, você pertence a nossa família. Você sempre estará vivo e presente no meu coração e na nossa família.”

A comunicação pode salvar quase tudo nas relações humanas, nas empresas e corporações, dentro e fora de casa. As conexões verdadeiras são na verdade a rota da sensação de pertencimento, propulsora do equilíbrio necessário para uma relação de respeito e alegria.

 

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