Ai! Ai! Ai! Está chegando a hora…

Está chegando a hora, caríssimo(a) eleitor(a), de você se defrontar com a sua consciência e com a urna eletrônica, lá na chamada “cabine indevassável” de sua sessão eleitoral. É o momento de você colocar na ponta dos dedos todo o acúmulo que você conseguiu fazer sobre os candidatos a prefeito e a vereador de nossa cidade durante a campanha eleitoral. Ali, você não está sob pressão de nenhum candidato, de nenhum patrão, de nenhum grupo; o voto é sigiloso e ninguém tem que saber em quem você votou. Mas a sua consciência precisa estar antenada para ajudá-lo a transformar a política na verdadeira arte de servir o bem comum, de administrar os recursos da cidade com os olhos voltados unicamente para o interesse público.

É chegado o momento de seu voto tornar-se instrumento excludente dos maus políticos, limpando a área e colocando gente nova e com personalidade moldada em valores nobres da cidadania, da ética, da solidariedade, da justiça. Com capacidade para sentir as angustias do povo e coragem para tomar medidas capazes de saná-las. Não dá mais para deixar aqueles que fizeram da atividade política uma profissão e querem permanecer a vida toda praticando as mesmas distorções que a verdadeira democracia não pode mais tolerar.

Você é o verdadeiro guardião(ã) da democracia e nessa hora de acessar as teclas da máquina de votar, você tem que colocar sua decisão em prática, com muita competência. É claro que esse ato de votar, representa o ponto de convergência de todo um processo de escolha que você deve ter desenvolvido durante a campanha eleitoral.

Difícil escolher entre os candidatos que aí estão? Não resta dúvida que não é fácil. Porem, se você se dedicou e agiu coletivamente, discutindo isso nos grupos da comunidade, nas pastorais da igreja, com os colegas de trabalho, com os amigos do esporte, procurando ler e conhecer melhor a vida pregressa daqueles candidatos mais conhecidos, naturalmente já vai encaminhar-se para a urna eletrônica com sua decisão bem definida.

Ainda restam alguns meses e estes devem ser aproveitados para consolidar suas apreciações de escolha, não deixando que qualquer indecisão o afete de última hora. Em seguida vamos relacionar alguns tipos de político que você precisa eliminar: político “profissional”, aquele que há muito tempo está no poder e quase nada faz de concreto para o povo; político interesseiro, aquele que trabalha para o seu próprio proveito, com os olhos voltados sempre para a reeleição e não para o bem comum; político exibicionista que é gastador dos recursos públicos para a sua autopromoção e está comprometido com os grandes grupos econômicos; político “engomadinho”, aquele que fala bonito, se apresenta bem, mas não tem conteúdo, nem propostas; político de promessas, aquele que somente se lembra do povo na época das eleições e que abusa dos meios de comunicação com propagandas enganosas; político sem identidade, aquele que muda de partido conforme suas conveniências e não é comprometido com os anseios do povo. É conhecido também como “camaleão”, muda de acordo com o que mais lhe convém; político ideal, aquele que tem uma proposta política viável, defende a vida, os direitos humanos e é sensível aos empobrecidos. Já tem uma vida de lutas pelo bem comum de todos, fazendo jus ao seu voto.

Também entre os eleitores, podemos citar alguns tipos que podem ajudar você a se posicionar: eleitor que vota pela tradição, mesmo sabendo que há tradições que são verdadeiro atraso e fator de empobrecimento; eleitor que vota para pagar favores, está vendendo o seu voto e sua dignidade humana; eleitor que vota no mais forte, naqueles que estão gastando muito dinheiro com a propaganda e que podem ser “testa de ferro” de grupos econômicos que querem manter seus privilégios com o poder; eleitor que vota na aparência, e se engana com as aparências do candidato, tal qual a pessoa que se impressiona mais com o embrulho do presente do que com o próprio conteúdo; eleitor que vai na conversa dos cabos eleitorais que têm uma conversa bonita, ou então se convence pelas propagandas dos meios de comunicação; eleitor que anula o voto ou vota em branco e contribui para manter as coisas como estão, abrindo mão do dever de mudar pelo voto; finalmente, o eleitor consciente, aquele que realmente valoriza o voto, analisa e reflete sobre o passado e o presente e acredita num futuro melhor e depois das eleições está disposto a acompanhar os eleitos. Este último é o eleitor(a) que desejamos que você seja nestas eleições  de outubro. Que Deus o ilumine!

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Antonio Oswaldo Storel, membro do IHGP, ex-vereador (1997-2008), presidente da Câmara Municipal de Piracicaba (2001-2002)

 

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