REPASSANDO A CIÊNCIA

A forma mais comum de malária no Brasil é a causada pelo parasita Plasmodium vivax. Embora a espécie provoque um quadro mais brando em comparação ao P. falciparum, ela possui uma característica que torna o controle da doença muito difícil através da capacidade de produzir formas “dormentes” do protozoário no fígado do hospedeiro que podem ser reativadas meses após o término do tratamento. De acordo com a literatura científica, esse fenômeno, denominado recorrência ou recaída, pode ser responsável por aproximadamente 90% dos casos no país. Em artigo publicado na revista Scientific Reports, pesquisadores brasileiros descreveram, “pela primeira vez”, possíveis biomarcadores (substâncias detectáveis e usadas como alvos) associados à recorrência da doença. Financiada pela Fapesp, essas pesquisas permitiram o desenvolvimento de novas ferramentas para a busca e validação de alvos moleculares para a terapia contra a malária. A pesquisa fornece informações relevantes sobre potenciais alvos para o desenvolvimento de antimaláricos e possíveis marcadores relacionados ao risco de recaída da doença. Pesquisas com o evento de nossas doenças são fundamentais para o controle das principais doenças que afetam a nossa população e demais povos.

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Jose F. Höfling, biólogo e PhD em Imunologia

 

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