Debate sobre o cima em Piracicaba e a juventude

Ayri Saraiva Rando

 

A Assembleia Cidadã Juventude pelo Clima na Periferia de Piracicaba é uma realização do Fórum do Projeto Potência Engrenagem do SESC por meio da parceria entre o Mandato Coletivo “A Cidade é Sua”, o Barranco Cultural, o Movimento Tô Aqui e a Casa do Hip-Hop, com o apoio do Delibera Brasil e do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA).

Tal projeto refere-se a um grupo de coletivos que desenvolvem ações sociais, ambientais e/ou culturais em Piracicaba, com vistas ao bem comum da população. O seu Fórum funciona a partir de encontros mensais, que é o espaço para discussões e decisões voltadas à gestão e à execução coletiva do projeto.

A assembleia cidadã é uma ação de participação popular para aprender e discutir sobre determinado assunto, e a partir de consensos, deliberar recomendações voltadas à Política Pública em debate para Prefeitura e líderes governamentais. Os objetivos da assembleia em questão são promover a participação popular de jovens da periferia piracicabana na Política Climática Local, além de aprender, discutir e deliberar sobre ações prioritárias relativas às formas de como lidar melhor e como responder aos efeitos negativos das mudanças do clima em Piracicaba.
Os participantes da assembleia em questão serão parte dos jovens atendidos em ações desenvolvidas pelos parceiros da assembleia em várias comunidades do município.

As três sessões da assembleia serão realizadas sempre aos domingos, dias 16, 23 e 30 de junho, das 14h00 às 17h00 no SESC.
A Dayane Nunes, Articuladora  Ambiental do Bloco do Beco (Zona Sul de São Paulo), menciona que “Na 1a sessão da assembleia abordará o tema Justiça Climática e Protagonismo Juvenil, e que a assembleia foi pensada, montada e construída para falar a respeito do contexto piracicabano e para discutir como as comunidades podem se preparar de forma mais adequada, portanto espera contribuir e facilitar a discussão citada”.

“O método chamado Assembleia Cidadã é considerado uma inovação democrática em disseminação no mundo e no Brasil e, neste caso, proporcionará o início de um processo de inclusão de um grupo que está entre as populações mais vulneráveis aos impactos negativos do aquecimento global, que é o grupo formado por jovens, o qual está fora do debate público relativo à pauta climática e que precisa se envolver para responder melhor e lidar de maneira mais justa com tais impactos, ajudando assim a propor ações com a finalidade de prevenir, gerir riscos, diminuir as vulnerabilidades e aumentar as capacidades para reduzir danos e prejuízos e, quem sabe, até evitar mortes diante de temperaturas extremamente elevadas, períodos de estiagens e de secas, tempestades, alagamentos, inundações, deslizamentos e de crescimento da incidência e transmissão da dengue” conclui Ayri Rando.

Enfim, a juventude precisa ter condições de se engajar e progressivamente influenciar a tomada política de decisão na agenda climática local.

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Ayri Saraiva Rando, assessor de Gabinete Parlamentar do Mandato Coletivo “A Cidade é Sua”, membro da Comunidade Prática para implementação de Assembleias Cidadãs no Brasil, engenheiro ambiental, mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, doutor em Engenharia Civil na Área de Recursos Hídricos

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