A Garantia da Impunidade

“Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem”.

Um pouquinho sobre Castigos, Justiça e Perdão com os cuidados devidos à fragilidade do assunto.

Nesta crônica jornalística, adentramos em um profundo debate sobre “A Garantia da Impunidade” vigente nos tempos atuais. Desde os tempos mais remotos até os dias de hoje, os castigos pelos erros cometidos têm variado em forma, modos e severidade. Na infância, muitos de nós conhecemos a sensação de ficar no quarto escuro como um breu, ou ajoelhar no milho como formas de disciplina familiar.

Na formação escolar, notas baixas resultavam em punições como reguadas nas mãos, suspensões e até expulsões. Mas como funcionam as deliberações dos juízes dos costumes humanos? Os juízes são formados por sistemas jurídicos complexos que abrangem desde a justiça do trabalho, justiça comercial, justiça civil, justiça militar, justiça eleitoral e justiça desportiva cada uma com seus próprios códigos de honra e transparência para atingir um resultado eficaz.

Entretanto, mesmo com todo o aparato jurídico, a garantia da impunidade ainda persiste em certos casos, levantando questões profundas a respeito da justiça divina dentro do contexto da organização humana. Como evitar o ciclo vicioso de injustiças quando os criminosos judiciais se consideram impunes?

Além dos castigos mais tradicionais, como prisão e enforcamento, fuzilamento, envenenamento, decapitação, eletrocução, abordamos também os erros e aberrações dos crimes individuais e coletivos, incluindo genocídios como o de Auschwitz na Polônia, incluindo os Gulags na antiga União Soviética.

Não podemos ignorar as sentenças executadas em inocentes, bem como as formulações de leis que, por vezes, impedem a execução da justiça, transformando a própria ação em crime.

No cenário das aberrações judiciais, aparecem exemplos que chamam a nossa atenção, pois vemos ladrões de galinhas e rapaduras, sentenciados, ocupando as prisões superlotadas enquanto os criminosos de colarinho branco circulam bem vestidos com um sorriso no semblante. É o poder econômico se apresentando com baforadas de charutos cubanos.

Devemos refletir sobre a importância da tábua dos 10 mandamentos como base para o transcurso da vida e explorando obras literárias como “O Processo” de Kafka, em busca de entendimento para a ordem jurídica. Como encurtar o caminho dos juízes na direção da punição? Como aperfeiçoar a estrada da punição e encurtar o tempo para executá-la?

Olhamos para a impunidade em âmbito internacional, onde muitas vezes crimes hediondos passam despercebidos ou sem punição adequada, como por exemplo os que ocorrem em países ditos democráticos. Em meio a tantas reflexões, uma questão permanece: como podemos, conquistados pela luzinha vermelha do nosso consciente, perdoar os que sabem o que estão fazendo de errado, mas persistem na impunidade? Aqui vai um pequeno desejo infantil da parte deste cronista: Pai, não perdoe, porque eles sabem o que estão fazendo!

_____

Walter Naime, arquiteto-urbanista, empresário

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima