A 1ª Feira da Empregabilidade do Aprendiz, realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Semdettur), teve 960 atendimentos de jovens que se cadastraram para oportunidades de trabalho. O evento, realizado na manhã de quarta-feira (8), na Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), ofereceu cerca de 80 vagas de emprego em 12 empresas e instituições, além de realizarem cadastros em bancos de talentos.
A aprendizagem profissional é uma política pública de inclusão de adolescentes e jovens de 14 a 24 anos no mercado de trabalho. O objetivo foi trazer essas oportunidades para ajudar o grupo a iniciar a experiência profissional. Empresas de grande e médio porte podem contratar esses jovens na condição de aprendizes, desde que estejam matriculados em cursos de aprendizagem profissional.
“A gente quer dar essa oportunidade para esses jovens que ainda estão estudando e precisam ter um currículo, precisam ter uma experiência profissional. E a gente está trazendo isso aqui, com essas empresas parceiras que estão oferecendo essas oportunidades. Queremos que o jovem tenha acesso a essas vagas pra começarem o mais rápido possível a sua jornada profissional”, disse o prefeito, Luciano Almeida, durante a feira.
Entre as empresas que participaram da feira, estão a Caterpillar, Colégio Polibrasil, Delta Max Supermercados, Drogal Farmacêutica LTDA, Hyundai, Flafer e Tectextil Embalagens Industriais. Foram oferecidas oportunidades para aprendizes em diversas áreas, como administração, eletromecânica, recepção, telemarketing, compras, produção, segurança do trabalho, auxiliar financeiro e auxiliar em sala de aula.
Outras instituições e empresas de qualificação e recursos humanos também participaram do evento, como o Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT), Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Centro de Reabilitação (CRP), Polo de Empregabilidade Inclusiva (PEI) e o Vagas em Piracicaba SP.
“Tivemos empresas aqui oferecendo oportunidades em todos os setores, como o comércio, a indústria, o de serviços. Espero que essa iniciativa consiga atender essa demanda que a gente tem no mercado, e ajude também esses jovens que precisam dessa oportunidade, para que encontrem um trabalho em que eles se sintam confortáveis, que seja compatível com a jornada profissional deles”, comentou o secretário da Semdettur, Euclides Libardi.
BUSCA PELO PRIMEIRO EMPREGO – Adriano Ramos da Silva, de 18 anos, acabou de concluir o ensino médio e foi até a feira em busca da primeira experiência profissional. “Eu quero fazer uma faculdade, estudar fisioterapia. Eu vim procurar meu primeiro emprego pra entrar no mercado de trabalho e ter minha própria renda financeira.”
Ana Carolina Elias Mendes, de 18 anos, chegou na feira acompanhada da mãe, Lidiane Elias Morais, também em busca do primeiro emprego registrado, já que atualmente, trabalha apenas aos domingos de recepcionista. “Futuramente eu quero ser advogada”, revela. “Ela tem autoridade, mas não dá trabalho, é uma boa menina”, brinca a mãe.
Para Ana Carolina, o mais difícil para o jovem é encontrar uma oportunidade de trabalho sem experiência. “É preciso persistência pra não desistir, a maioria das oportunidades exige muita coisa, e também encontrar onde estão essas vagas de emprego”, desabafa.
Lidiane conta que soube da feira justamente ao procurar uma vaga de trabalho para a filha e fica ao lado da filha não deixando ela desanimar nessa busca. “Hoje em dia eu acho mais difícil encontrar trabalho do que na minha época, que não tinha tanto estudo. Hoje as vagas exigem muita coisa, mas a gente não pode desistir, tem que tentar de todas as formas, uma hora encontra.”
Vitor Gimenes, consultor de atendimento do CIEE, participou da feira fazendo o cadastro de jovens para os processos seletivos da instituição. Ele explicou que a Lei do Programa de Aprendizagem surgiu justamente para mitigar essa dificuldade dos jovens na inserção no mercado de trabalho sem experiência, permitindo que eles consigam oportunidades nas empresas sem deixar de estudar.
“Eu costumo dizer em relação à empregabilidade dos jovens que as empresas não buscam por super-heróis, mas jovens que sejam comprometidos e não se acomodem ao longo do tempo. As empresas sempre buscam jovens que são pontuais, que respeitam a cultura da empresa, que se dedicam à empresa pra galgar uma efetivação e até funções de liderança”, finaliza.