Aprovado na 12º reunião ordinária, em regime de urgência o requerimento 314/2024 de autoria da vereadora Rai de Almeida (PT), que solicita ao Executivo informações sobre atendimentos realizados pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher – CRAM.
Segundo o documento os índices de violência contra a mulher em Piracicaba são alarmantes,no ano passado foram registrados 6 feminicídios e desde o início de 2024 até agora, outros dois feminicídios e mais uma tentativa de feminicídio, já foram registrados.
No requerimento a vereadora comenta que em 2021 foram emitidas 516 medidas protetivas de urgência na cidade e em 2022 foram 669, um aumento de 30%, para ela existe demanda para este tipo de auxílio e é urgente o seu atendimento e que dos 3.772 registros de violência contra mulheres atendidos pelo CRAM, entre 2016 e 2023, 79,8% não envolveram agressão física, mas outros tipos de sofrimentos impostos à vítima.
“Estamos fazendo este requerimento, exatamente este mês, que temos uma vasta programação em alusão ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, dia que temos como referência a história da luta muitas mulheres em todo o país. Quero homenagem em memória Mariele Franco e há seis anos continuamos nos perguntando, quem mandou matá-la”, falo Rai de Almeida ao usar a tribuna para justificar seu voto.
No requerimento a vereadora questiona quantas mulheres vítimas de violência foram atendidas pelo CRAM de 2016 até o fim de 2023, ano a ano, quantos são os casos de violência doméstica, física, moral, psicológica, patrimonial, sexual e institucional atendidos no mesmo período.
Rai de Almeida, também questiona qual perfil das mulheres atendidas pelo CRAM nesse período e que seja informada a idade, perfil socioeconômico, regiões da cidade, tipo de relacionamento com o parceiro, entre outras informações e por fim, quantas mulheres foram encaminhadas para abrigos em outras cidades.
“Precisamos dessas informações, para que subsidiem nossas ações e sabermos qual o tipo de projetos podemos ter na sociedade piracicabana, que inibam tanta violência contra as mulheres”, disse a vereadora.