Gregório José
Apesar dos progressos conquistados na luta pela igualdade de gênero, a dura realidade enfrentada pelas mulheres no mercado de trabalho ainda está longe de ser superada. Uma recente pesquisa conduzida pela TIM traz à tona dados alarmantes: quase 80% dos entrevistados relataram ter perdido uma oportunidade de emprego devido à maternidade, ou conhecem alguém que passou por isso. Esses números evidenciam uma desigualdade profundamente enraizada em nossa sociedade.
Mais do que isso, a pesquisa também destaca que simplesmente ser mulher já é motivo suficiente para afastar potenciais empregadores em mais de três quartos dos casos. Essa discriminação de gênero é uma ferida aberta que precisa ser tratada com urgência.
Diante desse cenário, iniciativas como o Mulheres Positivas emergem como peças-chave na busca por uma mudança efetiva. Sob a liderança da TIM, esse projeto oferece cursos gratuitos de capacitação e oportunidades de trabalho para mulheres, visando não apenas ampliar suas chances de emprego, mas também promover a inclusão no mercado de trabalho.
Os dados da pesquisa também revelam a persistência do machismo em nossa sociedade, com a maioria dos entrevistados admitindo ter experienciado ou testemunhado casos de discriminação. No entanto, é encorajador notar que quase metade dos entrevistados percebe uma mudança positiva na percepção social em relação ao respeito às mulheres.
A pesquisa realizada pela TIM Ads assume um papel fundamental como ferramenta para compreender e abordar questões sociais urgentes. Os insights coletados fornecem uma base valiosa para a formulação de políticas e iniciativas voltadas para a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.
É imperativo que continuemos a lutar pela igualdade de gênero e pela eliminação de todas as formas de discriminação no ambiente de trabalho. As mulheres representam 51,5% da população brasileira, chegando a mais de 104 milhões de pessoas. Somente por meio de esforços coletivos e um compromisso firme com a mudança poderemos construir um futuro onde todas as mulheres tenham as mesmas oportunidades e direitos.
Outro desafio de momento e que deveria valer há tempos está na diferença salarial que deverá ser combatida conforme a Lei de Igualdade Salarial. Agora, as empresas devem garantir a transparência salarial por meio da divulgação dos dados salariais e dos Planos de Mitigação que alterem essa realidade, por meio da negociação com trabalhadores e sindicatos, seus representantes.
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Gregório José, jornalista, radialista, filósofo