O Sexo nos Relacionamentos (III)

O sexo sempre foi um dos maiores tabus da humanidade. Uma das mudanças positivas nos últimos 40 anos foi tornar possível o diálogo de assuntos delicados como sexo, drogas, entre outros entre pais e filhos. O fim da ditadura colaborou para que esses temas, conversados apenas em rodinhas fechadas pudessem ser veiculados pela mídia, incluindo as campanhas preventivas como no caso da AIDS nos anos 80 e DSTs em geral. Entendo que o adolescente queira e, principalmente, deva obter informações sobre sexo, que é um assunto que toca especialmente essa fase.

Uma sociedade globalizada urge que eles se informem sobre o assunto. É uma fase da vida que além de longa e cheia de conflitos, o corpo sofre muitas perdas e aquisições em um período relativamente curto.

Certa vez fui perguntado se o falar muito sobre sexo justificaria um conflito entre gerações nos jovens. Não vejo assim. Parece-me refletir mais uma mudança de paradigmas sociais no contexto democrático em que o jovem se forma pessoa em oposição às gerações anteriores que viveram sob a ditadura militar quando vigorava a ética do dever, onde a moral dizia-nos o certo e o errado, o que devíamos ou não fazer. A mudança de paradigmas nos faz responder pelo nosso desejo, mas isso não se faz sem responsabilidade, o que não é pouca coisa.

Cerca de 71% da superfície de nosso planeta é recoberto por mares – por estranha coincidência, há a mesma proporção de água salgada no corpo humano.

 

Sempre pedi a Deus um ótimo emprego e um amor verdadeiro. Fui contratada na minha área na empresa que todos querem trabalhar. Meu amor fala que pra onde a gente for eu vou concluir a formação, mas ele saiu do emprego pelas oportunidades em outras cidades (sempre disse que isso um dia aconteceria). Será nosso segundo casamento e queremos construir uma família de verdade com nossos filhos. Agora não sei se vou com ele ou sigo minha carreira profissional. Estou com medo!

Silvia.

 

Se ainda nem concluiu seu curso, como está com tantos planos de mudança? A graduação é essencial e acima de tudo racional. Dois fatos de naturezas diferentes (racional x emocional), mas você está cruzando as linhas. É necessário dar conta da vida, mesmo que isso custe algum sacrifício ainda que parcial. No seu caso isso deveria nortear suas ações. Mas como o coração está falando muito forte, fica contaminada com a idéia. Veja que seu marido não está deixando o real da vida de lado, não é?

O emprego promissor deixa uma questão a ser resolvida em outro momento. Quando já estiver formada as coisas estarão de outra maneira e só então poderá decidir com os dados do momento. Quem sofre por antecipação sofre pelo menos duas vezes, e pior ainda, imaginariamente. Ter conseguido o que tanto desejou gera mesmo muito medo. Tudo que se deseja muito assusta quando prestes a ocorrer.

 

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