No encerramento da Conferência Nacional da Educação (Conae), realizado ontem (30), em Brasília, a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT) disse que a educação voltou a ser prioridade no Brasil. A Conae, realizada na Universidade de Brasília, foi encerrada com a participação do presidente Lula e a aprovação do Plano Nacional da educação, evento que contou com participação da Apeoesp, o maior sindicato de trabalhadores da educação na América Latina. De acordo com Bebel, agora o Plano Nacional da Educação segue para ser apreciado pelo Congresso Nacional e sendo aprovado vai nortear as diretrizes da educação nos próximos 10 anos.
Em seu discurso, o presidente Lula destacou a importância de se investir em educação e ressaltou a forma democrática como esse documento foi tirado desde o chão da escola até a conferência, passando por várias etapas, nas esferas municipais, estaduais e federais. Após seis anos de sucessivos ataques à educação, a Conae foi convocada de forma extraordinária por Lula, reunindo mais de dois mil e quinhentos delegados e delegadas de todos os estados da federação.
Bebel destaca que foram três dias de intensos debates, num processo democrático e extremamente rico, que reuniu cera de 2,5 mil representantes da sociedade civil, de vários segmentos educacionais e setores sociais, e de entidades que atuam na educação e em órgãos do poder público, e que também contou com a participação do ministro da Educação, Camilo Santana, que destacou a importância de se investir em educação e valorizar o professor.
Para o presidente Lula, para a educação dar certo tem que envolver a comunidade”, disse, reafirmando que investimentos em educação não podem ser considerados “gastos” e que é preciso valorizar os professores.
O presidente cobrou que haja pressão social para a aprovação do projeto no Congresso Nacional. “Não são estes deputados que estão aqui [na Conae] que vão resolver, esse aqui já é voto garantido. O que nós precisamos é ter competência e habilidade para conversar com aqueles que nós não gostamos e com aqueles que não gostam de nós, para que a gente possa convencê-los a votar nas coisas que nós queremos”, disse Lula.
Durante discurso, o presidente criticou ações do governo passado e falou sobre o crescimento da extrema-direita no mundo. “Tudo que a gente deseja, tudo que a gente quer, passa pela política e nós estamos percebendo o crescimento da extrema-direita, o crescimento do ódio, do preconceito, da negação das coisas nesse país, a chamada política de costume tomando conta dos interesses maiores a nível nacional e, às vezes, a gente se perde em debate que são menores diante das necessidades do nosso povo”, argumentou.