A guerra entre o Estado de Israel e o povo palestino a que estamos assistindo nesse momento começou após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023. Em 9 de outubro, através de nota pública, o Ipedd clamou pela Paz entre Palestinos e Israelenses.
Em 25 de outubro de 2023, o Ipedd manifestou sua solidariedade ao secretário da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, pelo seu contundente pronunciamento no plenário da ONU e a execrável decisão do governo de Israel de pedir sua renúncia. No dia 24 de outubro, Guterres condenou veementemente o ataque terrorista do Hamas, e, ao mesmo tempo os bombardeios desproporcionais e indiscriminados de Israel sobre o território palestino de Gaza, matando milhares de crianças, idosos e mulheres palestinas e impedindo a implementação de medidas humanitárias, tais como a garantia de energia elétrica, água potável alimentos e medicamentos ao povo palestino que vive circunscrito na Faixa de Gaza.
Em 4 de novembro de 2023, o Ipedd exortou, através de outra nota pública, a suspensão imediata dos bombardeios sobre Gaza. Nesta ocasião, o Ipedd afirmou:
“De nada tem adiantado o clamor internacional, pois o governo de Israel, liderado por um troglodita criminoso, faz ouvidos moucos. Segue bombardeando, inclusive hospitais e ambulâncias, e asfixiando impiedosamente, pouco se importando com as mortes e com o sofrimento da população civil palestina em Gaza. Trata-se de uma ação tresloucada, estranha aos valores humanitários e aos princípios consagrados do Direito Internacional.
Israel não age como Nação democrática. Age como nação terrorista.
O povo israelense, vítima do Holocausto, agora assiste ao seu governo promovendo outro, contra o povo palestino”.
Esse conflito dura mais de 100 dias, com tendência a ser escalonado. O Estado de Israel forçou o deslocamento de mais de 85% da população na Faixa de Gaza, destruindo suas casas com constantes bombardeios, matando mais de 23.000 palestinos, principalmente crianças e mulheres, mutilando inúmeras pessoas e deixando órfãs milhares de crianças. A perversidade dessa guerra, além das mortes de palestinos inocentes, agrava-se pelo uso desumanizante de água, comida e combustível, como instrumentos de guerra do Estado beligerante controlador.
Apesar dos apelos internacionais, o massacre promovido por Israel parece não ter fim, e seu primeiro ministro afirma com orgulho que “ninguém vai nos deter”, após a África do Sul acusar o país de genocídio na Corte Internacional de Haia.
Testemunhamos um massacre e os corpos que estamos vendo não são os corpos do Hamas, mas de crianças, bebês, mulheres, idosos e famílias inteiras de palestinos. Matar mais inocentes e intensificar o sofrimento dos palestinos pela brutalidade do controle de bens comuns vitais ao ser humano é perversidade e estratégia de genocídio do Estado de Israel.
Atrás da política do primeiro ministro de Israel há o apoio militar e ideológico dos Estados Unidos que precisam assegurar a guerra do Estado de Israel e afiançar outras guerras, para manter sua desgastada e decadente posição hegemônica geopolítica.
Desta forma, a posição geopolítica do Estado de Israel está ancorada no Império chamado Estados Unidos. O Estado de Israel é o maior beneficiário de ajuda militar desse Império que se nega a ser uma liderança pacifista porque não pode renunciar e nem abandonar sua face beligerante da conquista hegemônica e necessita apoiar covardemente as maldades cometidas pelas Forças de Defesa de Israel.
O Brasil, frente às flagrantes violações ao direito internacional humanitário, apoiou a iniciativa da África do Sul de mover uma ação judicial contra Israel por crimes de genocídio do povo palestino junto à Corte Internacional de Justiça.
O Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia – IPEDD – apoia essa decisão do governo brasileiro.
Piracicaba, 17 de janeiro de 2024.