A transformação bancária no Brasil e os desafios para os consumidores

Gregório José

O Brasil testemunhou uma notável bancarização nos últimos anos, marcada pelo crescente protagonismo dos bancos digitais. Uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, revela que hoje, impressionantes 94% dos consumidores possuem contas bancárias. Surpreendentemente, mesmo com os bancos digitais liderando, 60% dos entrevistados mantêm contas em ambas as modalidades, física e digital.

Tarifas bancárias ainda persistem como uma realidade para 65% dos consumidores, com destaque para taxas de manutenção, saques em caixas eletrônicos e operações de crédito. Diante disso, é essencial que os consumidores estejam cientes de seus direitos, como destaca o presidente da CNDL, José César da Costa. Ele alerta que qualquer serviço bancário deve ser precedido por contrato, e os consumidores têm o direito de questionar e solicitar a suspensão de cobranças indevidas.

O advento do PIX, o revolucionário sistema de pagamento instantâneo, já se tornou parte integrante da vida cotidiana de 99% dos brasileiros entrevistados. A rapidez, praticidade e segurança são os principais motivos para sua adoção, refletindo uma mudança significativa nos hábitos de pagamento.

O pagamento por aproximação, impulsionado pela pandemia, encontrou aceitação em 76% dos entrevistados, especialmente entre os mais jovens. A confiança, contudo, continua sendo um obstáculo para alguns consumidores.

Outra modalidade em ascensão é o pagamento via QR Code, utilizado por 82% dos entrevistados. A praticidade e rapidez são os principais motivadores, enquanto a falta de confiança ainda é um entrave para alguns.

O cenário diversificado de opções de pagamento traz consigo a responsabilidade para os consumidores de se manterem atentos à segurança das transações. No mundo dinâmico das finanças digitais, a conscientização sobre os direitos do consumidor e a adaptação dos estabelecimentos às novas formas de pagamento são cruciais para uma transição suave e segura nessa era bancária transformadora.

 

 

_______

Gregório José, jornalista, radialista, filósofo

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima