TOC (VII) – Pensamentos Impróprios – 2

 

 

Pensamentos relacionados ao sexo ou de conteúdo religioso são muito comuns no TOC. Os mais comuns sobre sexo:

  • Fixar os olhos nos genitais do outro;
  • Molestar crianças sexualmente;
  • Arrancar a roupa de outra pessoa;
  • Ter relação sexual de caráter incestuoso;
  • Violentar sexualmente as pessoas;
  • Praticar sexo violento ou perverso (animais).

As fantasias sexuais são parte da vida humana e fonte de prazer. Para o TOC, elas vêm acompanhadas de muita angústia, o que dá a esses pensamentos o caráter de impróprios, povoando a mente da pessoa. Os rituais são uma decorrência desses pensamentos obsessivos, como forma de diminuir o nível de angústia.

Pensamentos de conteúdo considerado blasfemos mais comuns:

  • Cenas repetitivas de sexo com a Virgem Maria ou com os santos/as.
  • De conteúdo sexual com Jesus Cristo na cruz;
  • Pensar no demônio ou em “entidades” ou divindades de outras religiões;
  • Dizer obscenidades ou blasfêmias quando todos estão em silêncio ou na missa.

Os pensamentos de conteúdo religioso surgem com mais frequência em pessoas que professam alguma fé, e em geral estão associados à condenação do inferno já que as religiões associam essas ideias ao pecado. A confissão repetida ou rituais de purificação (rezas, banhos, etc.) surge como defesa da angústia que brota.

 

Fonte: http://www.ufrgs.br/ufrgs/inicial

 

Cada verso é uma sementeDo meu peito um desertoVerde que te quero verdeMas não há verde por perto (Sérgio Ricardo) Sou muito ciumento e possessivo com meu namorado (faço ele se sentir acuado, o obrigo a me ver). Ele já me deixou por um relacionamento heterossexual. Estudamos na mesma faculdade e ele teme ser descoberto, o que nos impede de namorar e fico arrasado. Eu o amo, mas ele “ainda não”. Nessa insegurança às vezes passo dos limites e ele pediu um tempo. Como fazê-lo entender que sofro com meu ciúme e me sinto o pior ser humano do mundo?

Você mesmo confessa o ciúme além da medida. Sabe que não só você sofre, mas seu namorado que não é responsável por seu sentimento. Por outro lado paga o preço dos receios dele. Não deixa de ser uma troca.

Mas algo me incomodou mais: seu investimento afetivo é bastante maior que o dele. Será que, ao se exceder por alguma razão, ele não aproveitou para pedir um tempo já que ainda parece não saber o que quer ou quem quer? Você diz que o ama, mas ele não define o que sente.

Como fazê-lo entender que sofre? A questão principal, talvez, seja você precisar entender mais de você mesmo, porque se dispõe a pagar preços tão caros. Exceto os ciúmes, está feliz com ele assim? Sua demanda de amor se apresenta muito díspare da dele. Isso é possível quando nos apaixonamos, mas até um relacionamento heterossexual ele já tentou. A mim parece que tanto ele quanto você, primeiro precisam se encontrar para depois encontrarem-se um ao outro.

 

 

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