Mordidas de animais

Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho

 

 

São mais comuns do que achamos e sempre podem acontecer seja na cidade, no campo, na selva, florestas, bosques e mesmo dentro de casa.

Existe uma pergunta intrigante: “Você prefere ser assaltado ou enfrentar-se sozinho com um cão Pitbull enraivecido?”, é estranho, mais quanto ao assaltante você sabe qual é a intenção dentro da atividade criminosa, é só você ficar quieto e entregar o dinheiro que na maior parte das vezes você está salvo; quanto ao ataque de um animal, geralmente você quase não tem defesa e não sabe qual a ferocidade do animal.

As mordidas de animais em números gerais, são assim distribuídas: cachorros 70%; gatos 15%; animais selvagens 2%; insetos e aracnídeos 5%; animais exóticos 1%; cobras 1%; cavalos e mulas 1%; ratos, hamsters e coelhos 1%; porcos 1%; outros 3%;  estes números são aproximados e dependem do ambiente em que você está.

Poucos falam de mordidas de cavalos, lembram mais de acidentes e lesões causadas pelos coices e quedas, mas suas mordidas são poderosas podendo decepar dedos e partes das mãos.

Quanto as lesões causadas por peçonhas de cobras, escorpiões e aranhas, seus venenos ou antígenos são bem estudados, existem soros disponíveis que contem anticorpos para realizarem o tratamento; mas alem dos traumas causados pelas mordidas deixando ferimentos perfuro contundentes e por vezes quebrando ossos; não posso deixar de citar que na flora bacteriana da boca de animais existem microrganismos resistentes e de difícil tratamento.

Há estudos sobre quais germes são transmitidos pela mordida de um cão, gato, jacaré, lobo, tubarão, hamster, ratazanas, porco, piranha, macaco, morcego, etc; são microrganismos mistos e incomuns. Haja visto um acidente ocorrido há pouco tempo no Rio Paraguai, região do Pantanal, no qual um experiente pirangueiro foi mordido por um jacaré e os ferimentos infeccionaram ocasionando infecção sistêmica e sepse; este paciente foi transferido para o Hospital Universitário da UNESP e ficou mais de três meses internado e por muito pouco não faleceu de infecção generalizada; portanto, mordida de animal é coisa séria e sempre deve ser avaliada pelo esculápio.

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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho,  médico.

 

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