Agência FAPESP – Após passar pelo diagnóstico de câncer, a mastectomia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia, a mulher que teve tumor na mama pode conviver com dores crônicas, aquelas que persistem por mais de três meses, decorrentes da cirurgia. E esse quadro, que afeta entre 30% a70% das pacientes, não raramente leva a sintomas de depressão. Estudos científicos feitos por pesquisadores brasileiros e publicados na revista Scientific Reports, demonstraram a possibilidade de minimizar esses efeitos negativos estrategicamente associando durante a cirurgia, a anestesia geral ao bloqueio dos nervos da região da mama. Os medicamentos bloqueiam a condução do estímulo doloroso pelos nervos, proporcionando um efeito duradouro. Com esse procedimento, foram reduzidas tanto a incidência da dor crônica no local da cirurgia, como dores em outras partes do corpo, além dos sintomas depressivos, mesmo um ano após a cirurgia. Esse procedimento já está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde).
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José F. Höfling, professor universitário