Gregório José
O personagem Chicó, com sua tendência a fundamentar suas histórias e teorias com a famosa frase “Não sei, só sei que foi assim!”, desafia a noção tradicional de certeza e realismo. Sua ligação com o mundo organizacional se torna evidente quando observamos a relação entre seus três fundamentos de suposição justificada, conjectura informativa e pressuposto resultado, e como esses princípios podem ser aplicados ao ambiente empresarial.
Chicó, com sua predileção por suposições frequentemente duvidosas e contestáveis, pode nos lembrar dos inovadores nas organizações que, muitas vezes, são pioneiros em suas abordagens, introduzindo ideias que desafiam o status quo. Eles podem basear suas visões em suposições ousadas, acreditando que suas inovações trarão resultados positivos, embora possam encontrar ceticismo e desconfiança dos outros. No mundo empresarial, esses “Chicós organizacionais” podem ser os inovadores visionários que ousam supor e justificar o sucesso de suas ideias revolucionárias.
A propensão de Chicó a contar histórias com fatos imaginários, mas considerados realizáveis, nos lembra das estratégias de inovação e criatividade nas empresas. Os profissionais que buscam inovar frequentemente imaginam cenários alternativos e possibilidades de negócios que podem não existir atualmente, mas que são construídos com base em deduções e indícios do mundo real. Eles desenvolvem narrativas informativas que projetam um futuro potencial e, através de suas ações, trabalham para torná-las realidade.
As histórias de Chicó frequentemente terminam com resultados surpreendentes e soluções fascinantes. No mundo organizacional, os “Chicós organizacionais” podem ser vistos como os empreendedores e inovadores que confiam em suas ideias e pressupõem resultados bem-sucedidos. Eles veem oportunidades onde outros veem desafios e têm a capacidade de inspirar suas equipes e partes interessadas com narrativas de sucesso.
No mundo empresarial também encontramos vários “Chicós”, indivíduos que desafiam as convenções, fundamentam suas teorias e ações em suposições ousadas e apresentam narrativas informativas sobre o futuro. Eles podem ser agentes de mudança e inovação, influenciando positivamente o ambiente organizacional. A identificação e compreensão desses “personagens” podem ser cruciais para o desenvolvimento de estratégias de inovação, empreendedorismo e criatividade nas empresas.
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Gregório José, jornalista, radialista, filósofo