(Manifesto do Ipedd)
A brutal, desproporcional e indiscriminada ação militar israelense sobre o Território de Gaza tipifica definitivamente o Governo de Israel como criminoso de guerra.
O Estado de Israel foi criado como um direito histórico da comunidade judaica e como uma resposta justa e reparadora do mundo civilizado ao Holocausto, promovido pelo nazismo, que perseguiu, torturou e assassinou milhões de homens, mulheres e crianças judias no contexto da Segunda Guerra Mundial.
Nascido sob o signo dos valores humanistas e civilizatórios, o Estado do Israel desde a sua origem e até o presente, foi gradativamente, pela ação de suas lideranças e à revelia de ampla parcela de sua população, abdicando desses valores e se impondo como uma nação promotora da opressão e da morte. Não aceita o direito do povo palestino à edificação do seu Estado soberano e faz de tudo para impedi-la.
Já tivemos a oportunidade, em nota anterior, de afirmar que o ataque do Hamas a Israel, assassinando civis e fazendo reféns, é plenamente condenável e que não seria razoável admitir uma postura condescendente de Israel diante desse fato. Contudo, chamamos a atenção para a reação desproporcional de Israel, que não apenas passou a bombardear indiscriminadamente o Território de Gaza, acarretando mortes em massa de civis, entre elas crianças e idosos, como também determinou a asfixia da população civil palestina dificultando a ajuda humanitária e sonegando a oferta de água, energia elétrica, alimentos e medicamentos.
De nada tem adiantado o clamor internacional, pois o governo de Israel, liderado por um troglodita criminoso como Netanyahu, faz ouvidos moucos. Segue bombardeando, inclusive hospitais e ambulâncias, e asfixiando impiedosamente, pouco se importando com as mortes e com o sofrimento da população civil palestina em Gaza. Trata-se de uma ação tresloucada, estranha aos valores humanitários e aos princípios consagrados do Direito Internacional.
Israel não age como Nação democrática. Age como nação terrorista.
O povo israelense, vítima do Holocausto, agora assiste ao seu governo promovendo outro, contra o povo palestino.
O Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia, como entidade voltada à promoção da paz e dos valores humanitários e democráticos, mais uma vez, associa-se ao clamor pela suspensão dos bombardeios de Israel sobre Gaza e pela libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, como medidas indispensáveis para facilitar a ajuda humanitária e inaugurar o fim das hostilidades. (Instituto Piracicabano de Estudos e Defesa da Democracia – IPEDD – Piracicaba, 04 de novembro de 2023)