Centro CIT/Senai – ArcelorMittal e Fiemg firmam parceria voltada à descarbonização industrial

À esquerda, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe e à direita, o presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson de Paula. CRÉDITO: Sebastião Jacinto Júnior

 

A ArcelorMittal e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) assinaram, nesta segunda-feira (23), convênio de cooperação para a criação do Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial na capital mineira. O centro receberá investimento inicial de R$ 34 milhões para a estruturação básica do laboratório, voltado para o desenvolvimento de tecnologias e projetos de descarbonização. A assinatura ocorreu durante a abertura do Imersão Indústria, maior evento do setor no estado – e contou com as presenças do presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Aços Longos e Mineração LATAM, Jefferson De Paula, e o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, além do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman.

Com foco em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), o Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial vai promover a capacitação de profissionais para trabalhar com esta temática. A estrutura básica do laboratório contará com equipamentos complementares à infraestrutura dos Institutos do CIT SENAI. Serão desenvolvidas ações e projetos relacionados a biocombustíveis sustentáveis, uso de hidrogênio verde, captura e transformação de CO2 e novas tecnologias de produção de aço.

“A criação do Centro CIT/SENAI de Descarbonização Industrial é mais um passo importante na nossa jornada de descarbonização. Para nós da ArcelorMittal, a parceria com a Fiemg é muito relevante, tendo em vista que um dos principais desafios da nossa sociedade e da indústria é alcançar a neutralidade do carbono. Este centro será fundamental para desenvolvermos em conjunto novas tecnologias que irão garantir a sustentabilidade das nossas operações”, afirmou De Paula.

Meta de descarbonização – A ArcelorMittal lidera o processo de descarbonização na indústria do aço. Globalmente, o Grupo ArcelorMittal foi pioneiro no setor ao lançar a meta de ser carbono neutro até 2050 e, como passo intermediário, reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030.

Até 2030, a empresa trabalhará com melhoria dos processos existentes e, depois disso, empregará tecnologias disruptivas, que tornarão a ArcelorMittal carbono neutra até 2050. O Grupo estuda alternativas tecnológicas para utilizar os gases de processo que contém CO₂, como, por exemplo, produzindo etanol para consumo e uso na indústria química, além de outras técnicas de captura de carbono.

No Brasil, a ArcelorMittal atua prioritariamente em quatro frentes: otimização da matriz metálica com aprimoramento do uso de sucata como matéria-prima; troca de combustível com a substituição parcial do carvão mineral por gás natural; maximização do uso de carvão vegetal renovável; continuidade na adoção de melhorias de eficiência energética nos processos de produção de aço.

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