Vigilância – Cidade tem primeiro caso positivo para febre maculosa em 2023

Paciente do sexo feminino, na faixa etária entre 30 e 39 anos, apresentou sintomas em junho, com evolução para cura

 

 

A Vigilância Epidemiológica Municipal, vinculada à Secretaria de Saúde, confirmou na tarde de ontem (17) o primeiro caso de febre maculosa em Piracicaba. O registro positivo é de uma paciente do sexo feminino, na faixa etária entre 30 e 39 anos, que apresentou sintomas em junho desse ano, com evolução para cura. No ano passado, foram confirmados dois casos e um óbito pela doença. Em 2021, foram cinco confirmações e quatro mortes.

O trabalho de orientação e prevenção à febre maculosa é realizado pelas Secretarias de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap). A Prefeitura alerta para os riscos da doença, que é transmitida pelo carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii e pode levar à morte.

A SMS reforça que o período de maior incidência da febre maculosa é entre junho e novembro, mas em Piracicaba, o rio que corta a cidade exige ainda mais cuidados. No verão, época das cheias, o cartão-postal atrai muitos piracicabanos e turistas às suas margens. Além das pessoas, o local também é o preferido das capivaras, um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela.

Nas regiões consideradas de risco – além das margens do Piracicaba, desde o bairro Monte Alegre até Artemis, outras áreas identificadas como de maior risco de contaminação da doença são as margens do ribeirão Piracicamirim, a lagoa do Santa Rita, Parque da Rua do Porto e a margem do rio Corumbataí – a prefeitura mantém placas de alerta para a incidência do carrapato.

A pasta da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. Em Piracicaba, toda a rede de saúde está capacitada e orientada sobre o atendimento à doença e de casos suspeitos.

DIAGNÓSTICO – Diagnosticar precocemente a febre maculosa é muito difícil, principalmente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras. Mas, o importante para o caso é o paciente informar que esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas, onde possa ter sido picado por um carrapato.

TRATAMENTO – A febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar. Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.

ORIENTAÇÕES – Cabe salientar que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) conta com equipe de profissionais que dão apoio no trabalho de controle da doença por meio de trabalhos educativos nas escolas públicas e particulares da cidade, além de empresas. A solicitação da visita orientativa deve ser feita por meio do SIP 156 ou pelo telefone (19) 3427-2400.

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