Calaboca Magdo!!!            

Walter Naime

 

 

Você já deve conhecer de sobra o Magdo. Irmão do povo e da Magda, possui o mesmo DNA popular. Querido dos políticos, incansável sobrevivente do dia a dia, semblante atordoado, chega sempre tarde ao uso da cabeça. Tendo um olhar distante, com uma expressão inocente que predomina seus gestos, torce para o Corinthians seu time de coração e nem sabe porque assim o faz, mas talvez seja porque o pai torcia, o avô torcia. Trabalha a semana inteira para depois assistir o seu time jogar aos domingos; briga com os adversários do futebol e exterioriza sua compressão psicológica soltando gritos, palavrões, e as vezes empurrões quando se vê realizado. “Dois a um prá nóis!!! Calaboca Magdo!!!”

O direito da livre expressão ainda se faz presente nas sociedades humanas. Até quando não se sabe.

A medida que cresce a população, o questionamento onde produzir alimento para todos, e diante da substituição da mão de obra por robôs dentro de uma convivência social dessa grandeza, as condições de vida “daquilo que pode” e “daquilo que não pode” sofre alterações através das novas leis.

Uma boa parcela das pessoas que se sentem saindo de sua “zona de conforto”, quando pressionadas ficam descontentes, se rebelam trazendo um desequilíbrio no conjunto, porém acabam se adaptando pois o que vem de “cima para baixo” tem que ser respeitado e cumprido.

Durante todos os processos de mudanças, os direitos de reclamar e espernear permanecem vigentes.

O Magdo que vive de esperanças ainda consegue essas liberdades, embora que nada resolvam a seu favor, pois tem as características de não “viver a política”, continua não sabendo, não vendo, não ouvindo, não estando e não indo. O povo continuará torcendo para os seus times preferidos, porém as reclamações e esperneamentos também vão sendo limitados legalmente.

É frequente de se ouvir que essa falta de interesse popular parece ser conduzida pelos mandantes anestesiando os componentes da sociedade a não se interessar pelo que citamos e o resultado das eleições aparecem manipuladas pelos que se interessam.

No momento com os problemas surgindo a toda hora, as necessidades de novas leis que regulamentam a conduta humana surgem em profusão para que os abusos se restrinjam evitando que a violência cresça e se perca o domínio da situação de segurança e de governança.

As reclamações e esperneamentos entra no ouvido dos mandantes e saem pelo outro, talvez por falta de recursos administrativos, por falta de vontade política ou incompetência. As suas reclamações e esperneamentos saem pelas lágrimas da sua impotência.

O caminhamento desse processo é inerente ao próprio crescimento populacional e desse modo é imperativo que se controle os dois simultaneamente.

O que fazer, Magdo? Quaisquer que sejam seus movimentos virá um Calaboca Magdo!!! e você se sentirá sem forças para gozar dessa liberdade de expressão, conseguida pela constituição das leis, mas “de araque” ou para “inglês ver” pois a manipulação sempre aparece com magias e ofertas falsas.

Vamos começar a nos movimentar para que as “fábricas de esparadrapos políticos” sejam imediatamente fechadas e que se aumentem a plantação de batatas para que sejam aquecidas e colocadas na boca dos que proporcionarem o castigo da imposição do Calaboca Magdo!!!

Se essa ideia prosperar com a colaboração dos que se sentirem emudecidos com o Calaboca Magdo, poderemos em conjunto assistir ao futebol do Corinthians e com os pulmões a toda força gritarmos Goooool… do Magdo, “dois a um prá nóis”.

 

 

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Walter Naime, arquiteto-urbanista, empresário

 

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