João Salvador
A onda abrupta de calor que vem atingindo boa parte do país, nesses últimos dias, está ligada a uma grande massa de ar seco que cobre grande parte do Brasil. É uma mudança climática, mas nenhuma ligação com o aquecimento global e efeito estufa. Nenhuma correlação física. O aumento termométrico para justificar as mudanças climáticas é constituído de médias regionais, em locais de alcance e extrapoladas. É quase impossível determinar uma média em 510 milhões de quilômetros quadrados, área calculada do planeta, dos quais dois terços —360 milhões de quilômetros quadrados —, são representados pelas águas dos mares e oceanos. Nas grandes metrópoles, a temperatura chega a ser de até 5 graus centígrados maior do que a real, pela formação de ilhas de ca lor, em consequência do asfalto e das edificações horizontais e verticais.
Sim, o gelo das calotas polares derrete, mas a água volta a se congelar, inclusive com a ajuda da Lua que impulsiona a água liquefeita para os polos, através das marés e solidifica novamente. O nível do mar continua sem grandes oscilações.
Ao contrário do imaginário catastrófico, das narrativas, a elevação da concentração de CO2 na atmosfera não causa o aumento da temperatura, haja vista que no período pré – cambriano, o nível da molécula, baseado em testemunhos de rochas e gelo, era 10 vezes maior que o atual e a Terra virou uma bola de sorvete. A atmosfera terrestre é dinâmica e interage com os raios solares na proporção das leis dos gases — temperatura, pressão e volume —, para se manter estável. Os destemperos climáticos e abruptos, que determinam inúmeras tragédias, de tempos em tempos, nunca deixarão de existir. O aquecimento e resfriamento são cíclicos. O clima global é controlado pelos oceanos, principalmente pelo Pacífico, e o El Niño e La Niña se portam como alternantes das mudanças na circulação atmosférica, de acordo com o nível captado de radiação solar.
O CO2 emitido nos ares pela queima de combustível fóssil e das coivaras é ínfimo para uma abrangente atmosfera, incapaz de determinar um efeito estufa. Assim como o gás metano — que se origina dos pântanos e das fermentações entéricas dos ruminantes. Os efeitos antropogênicos, os das ações humanas, não devem ultrapassar a 1%, de acordo com estudos geoclimáticos.
Quanto à Amazônia, os pesquisadores mais independentes, que não trabalham para um governo e nem para uma empresa, sabem que a Floresta representa apenas 1% da superfície do planeta e produz a chuva e a temperatura para si própria, não desvia seus benefícios para outras regiões. A água que sobe pela evapotranspiração — evaporação da água do solo e da transpiração das folhas —, é a mesma que desce através das frequentes chuvas. O que é devastado e queimado, se concentra na Amazônia Legal, que passa por nove Estados, e, a preocupação maior, não é pela emissão do CO2, que depois se dispersa, mas sim, com os habitantes ou proprietários de terras, dos que não obedecem a lei do zoneamento ecológico/econômico, com prejuízos severos aos ecossistemas amazônicos.
O acúmulo de dados registrados para tal fim, não passa de modelos forjados de computador, pela imaginação, teoria que não reflete a realidade, mas a da vontade. Não passa de uma “cortina de fumaça”, uma questão geopolítica, uma guerra ideológica e globalista, para a construção de uma “agenda verde” bem direcionada, que envolve muito dinheiro e poder. Uma ideia efervescente comprada de Al Gore, transformada em verdades convenientes e capitalizada.
Voltando ao vilão CO2, que seja bem-vindo por colaborar no processo fotossintético e aumentar a produtividade do Agro brasileiro, esverdeando nossas culturas, pastos, matas e proliferação de algas verdes nos mares, para melhor sustentar o seu ecossistema. Se alterna com oxigênio, cujo processo é a prova de vida de todos os seres dessa belíssima biosfera.
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João Salvador, biólogo