Gregório José
Uma amiga que vive amarrando “toco” por homem me indagou dia desses sobre namorar homem feio ou bonito e fui entender a história. Ser um Adonis, Narciso ou Apolo vai além da aparência física. Portanto, vamos ao “O dogma da beleza”.
Eu até brinco ao dizer que “sou um feio arrumadinho” e, portanto tenho meu charme. Mais que isso, arrumadinho, até que pareço bonito! Brincadeira á parte, vamos ao que interessa.
Imagina a situação, o cara é gente boa, sociável, bem divertido e te trata muito bem, mas perante a sociedade ele é considerado feio. E agora? Segue aquela máxima que o belo te atrai, mas o feio de anima?
Namorar um homem que não é considerado atraente pela sociedade é uma questão complexa. Imagine a situação: ele é amável, sociável, divertido e trata você com carinho, mas seu aspecto é tido como pouco atraente. Diante disso, surge o dilema: seguir o clichê de que a beleza atrai ou dar uma chance ao charme interior?
Na internet brasileira, conhecida por suas polarizações, esta é uma discussão que gera tanto debates quanto risadas. Enquanto tópicos como bolacha x biscoito, certo x errado, esquerda x direita, Flamengo x Palmeiras são tradicionais, o tema de namorar homens bonitos ou menos atraentes também rende muitos comentários engraçados.
Ao longo da história ocidental, os deuses gregos estabeleceram padrões de beleza masculina, com rostos simétricos, corpos atléticos e atributos perfeitos para a procriação. Até mesmo Hitler buscou essa perfeição durante o Terceiro Reich. Mas, será que isso é tão absoluto?
Dois estudos lançam luz sobre o assunto. Um artigo na revista “Psychological Science” (2020) por pesquisadores dos EUA revelou que homens menos atraentes muitas vezes conquistam mulheres mais bonitas devido a uma falta de autocrítica, ou algo similar. Outra pesquisa da Universidade Estadual da Flórida (2019) entrevistou 113 casais recém-casados para investigar o papel da atratividade física nas relações.
Esses estudos sugerem que uma percepção distorcida pode ser um mecanismo evolutivo importante para a sobrevivência da espécie. Homens tendem a superestimar o interesse de mulheres mais atraentes, provavelmente para garantir o sucesso reprodutivo. Isso demonstra que homens que não se intimidam com sua aparência têm mais sucesso nas paqueras e relacionamentos, indicando que a autoconfiança é fundamental.
A pesquisa também apontou que mulheres com parceiros atraentes frequentemente lidam com ansiedade em relação à sua própria aparência, enquanto as que estão com homens menos atraentes sentem-se mais livres para serem elas mesmas, sem preocupações excessivas com a competição ou com o ganho de peso.
Além disso, os homens menos atraentes tendem a ser mais atenciosos, amorosos e esforçados para fazer suas parceiras felizes. Eles também costumam ter senso de humor e personalidade cativante. Isso explica a presença de relacionamentos sólidos entre famosos e parceiros menos atraentes no mundo do entretenimento.
Portanto, se você é solteiro e busca um amor verdadeiro, talvez deva considerar mais do que a aparência. A felicidade pode estar ao lado de alguém que, mesmo não se encaixando nos padrões tradicionais de beleza, oferece qualidades valiosas para um relacionamento duradouro. Encontre um equilíbrio entre as características que realmente importam para você e a busca pela “média” pode ser a chave para uma parceria bem-sucedida.
Vai uma dica: quando for namorar, não namore homem feio. Ele tem alguns problemas. Primeiro: é feio. Segundo: é bom de cama.
O feiinho faz boas amizades, tanto homem quanto mulheres.
Sabe contar piadas e faz sucesso onde passa, pois é legal pra caramba com as mulheres.
Mas, a pergunta que fica é: “O que dá para fazer com um cara bonito que não dá para fazer com um cara feio?”
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Gregório José, jornalista, radialista, filósofo