Saúde – A importância vital do brincar na infância

The best friends playing together

 

 

 

No Dia da Infância, 24 de agosto, a Santa Casa convida a refletir sobre o ato de brincar, que vai além da simples diversão para crianças, destacando-se como ferramenta crucial para o desenvolvimento saudável e equilibrado.

Enquanto as modernas tecnologias e agendas ocupadas parecem ter diminuído o espaço para a brincadeira tradicional, os especialistas reforçam a necessidade de priorizar o brincar na infância, destacando seus efeitos positivos para a saúde física, emocional e cognitiva nesta fase da vida.

O brincar, de acordo com a psicóloga hospitalar da Santa Casa de Piracicaba, Paula Maia, é muito mais do que entretenimento, é uma forma fundamental de aprendizado. “Dentro do contexto lúdico, as crianças exploram, experimentam e constroem conhecimento sobre o mundo ao seu redor. O simples ato de brincar oferece uma série de benefícios significativos que perduram até a vida adulta”, ressalta.

Estudo realizado na Irlanda do Norte sublinha o impacto duradouro do brincar na saúde da criança. Brincando, elas desenvolvem sua coordenação motora, equilíbrio e lateralidade, aspectos fundamentais para o crescimento saudável.

“O tempo dedicado à brincadeira ao ar livre também ajuda a reduzir o risco de doenças; pois o contato com a natureza e atividades físicas envolventes são comprovadamente eficazes na prevenção de condições como a obesidade”, alerta a psicóloga hospitalar Paula Maia.

Ela lembra que a atual era digital trouxe mudanças nas formas de brincar, com dispositivos eletrônicos e tecnologia ocupando um espaço considerável na vida das crianças. No entanto, segundo Paula, é importante encontrar um equilíbrio entre essas formas modernas de entretenimento e as atividades tradicionais de brincar, que estimulam a criatividade, a exploração e a interação social.

Certamente por isso, os especialistas alertam para os efeitos negativos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos, que podem contribuir para o sedentarismo e afetar adversamente o desenvolvimento cognitivo.

“Os pais e educadores têm um papel crucial em promover um ambiente propício para o brincar saudável. Eles devem assegurar que as crianças tenham acesso a espaços seguros para brincar e explorar, seja em parques, áreas de lazer ou em contato com a natureza. Além disso, é vital que as crianças tenham tempo para brincar e sem restrições, permitindo que sua imaginação floresça e suas habilidades sociais se aprimorem”, enfatiza.

Paula ressalta que a ciência respalda a importância do brincar na infância por meio de estudos demonstrando que brincar traz benefícios ao cérebro, pois estimula áreas responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo e memória. “A ausência de brincadeira na infância pode até ter impactos negativos duradouros até em animais, como indicado por pesquisas realizadas em ratos, em que aqueles que não puderam brincar mostraram prejuízos comportamentais e de sobrevivência”, informou.

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