Gregório José
Lendo a frase de Mário Sérgio Cortella em que ele afirma que “Só com pontes se estabelecem conexões” parei alguns minutos para avaliar e entender esta imagem poderosa e metafórica que vai além da simples estrutura física de pontes. Ela se refere à ideia de que, para construir relações significativas e duradouras, é necessário criar conexões sólidas e bem fundamentadas. Essa metáfora é tão aplicável à nossa vida pessoal quanto ao contexto social, cultural e global em que vivemos.
Ao pensar nas relações humanas, as pontes representam a capacidade de entender, aceitar e se conectar com os outros. Para construir pontes é preciso superar as barreiras dos mal-entendidos e preconceitos e criar um terreno comum onde ideias e valores possam ser compartilhados. Essa abordagem nos permite criar conexões genuínas e significativas com pessoas que podem ser diferentes de nós em muitos aspectos, mas que também compartilham uma humanidade comum. Na vida social e cultural, a ideia de construir pontes é central para promover a inclusão e a diversidade. Em uma sociedade cada vez mais interconectada, é vital aprendermos a respeitar e celebrar nossas diferenças e encontrar maneiras de trabalhar juntos e construir um futuro comum. Essas pontes culturais nos ajudam a superar as diferenças e criar um ambiente mais inclusivo, onde todos têm a oportunidade de trazer seus conhecimentos e perspectivas únicas.
Em nível global, construir pontes se torna ainda mais importante. Num mundo onde as fronteiras são cada vez mais indistintas, é muito importante promover a cooperação, a compreensão mútua e o diálogo entre nações e culturas. A diplomacia e a negociação são como pontes que permitem atravessar as águas turbulentas das relações internacionais e chegar a um entendimento que beneficie a todos. Porém, é importante lembrar que construir pontes exige esforço, paciência e empatia. Assim como as pontes físicas são construídas tijolo por tijolo, as conexões entre pessoas e culturas são construídas pouco a pouco por meio da comunicação genuína e do respeito mútuo. Esta construção exige vontade de ouvir, aprender e encontrar soluções comuns que beneficiem todas as partes interessadas.
Em última análise, a ideia de que “Só com pontes se estabelecem conexões” ressoa profundamente com a necessidade humana de unidade, compreensão e colaboração. Ao abraçar essa metáfora, reconhecemos a importância de criar conexões fortes e sustentáveis que transcendam as diferenças e nos permitam caminhar juntos rumo a um futuro mais harmonioso e interconectado.
Gregório José, jornalista, radialista, filósofo; pós-graduado em Gestão Escolar, em Ciências Políticas e em Mediação e Conciliação; MBA em Gestão Pública.