Minha homenagem ao Salão de Humor

Alex Madureira

 

Inauguramos em 22 de agosto, no denominado espaço dos Heróis de 32, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo São Paulo (Alesp), uma exposição em homenagem aos 50 anos do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, agora reconhecido como Patrimônio Imaterial de nossa cidade.

A exposição poderá ser visitada até o dia 1º de setembro, no período das 10 às 18 horas, e nela estarão 15 caricaturas, obras premiadas ao longo destes anos de existência do Salão, criadas por artistas nacionais e internacionais, sobre personalidades famosas, artistas, líderes religiosos, entre outros, que foram premiados ou simplesmente expostos dentre os milhares de trabalhos enviados anualmente para o nosso salão.

Construído por muitas cabeças e braços, entre os dos irreverentes caricaturistas mundiais, o Salão tornou-se o mais antigo realizado em todos os países do mundo e, por isso mesmo, objeto do desejo e do respeito conquistado entre todos os artistas mundiais para nele estarem presentes. Jurados parcimoniosos, fazem as seleções e premiações a cada ano e também nestes espaços acorreram os maiores especialistas do humor gráfico do Brasil e do mundo.

Desde a terceira edição em 1976, com a presença do editor Geoffrey Dickson, da revista inglesa Punch; do igualmente irreverente mexicano Sérgio Aragonez, da revista Mad e pelo argentino do El Clarin, Hermenegildo Sabat, o salão abriu-se ao repertório internacional. E foi conquistando adeptos cada vez mais qualificados. O pesquisador norte-americano de histórias em quadrinhos, John Lent e o cartunista iraniano Alireza Pakdel, estiveram entre os membros dos juris de premiação ao longo dos anos.

Caricare, uma palavra italiana cujo significado é “carregar”, no caso traços especiais de um personagem que merece a visão do autor, no nariz grande, olhos esbugalhados, topetes agitados, gestos, vícios, roupas e adereços, tendo como resultado retratos cômicos e bem humorados dos personagens ironizados pelos autores. Atribui-se ao pintor Agostino Carraci, de Bolonha, na Itália, os primeiros trabalhos nesta área.

Aqui no Brasil, Manoel Araújo Porto Alegre e Ângelo Agostini transformaram, especialmente, os políticos entre os seus maiores objetos de críticas, impressas pelos jornais da época, em campanhas memoráveis. O Brasil também teve o pioneirismo de uma mulher, Nair de Tefé, que assinava o nome ao contrário, com o anagrama Rian. Ela estudou na França e foi casada com o ex presidente Hermes da Fonseca, abrindo espaços também para as mulheres cartunistas, hoje homenageados pelo Salão com a mostra “Batom, Lápis e TPM”.

Creio que com esta ação, Piracicaba poderá estar presente num espaço de ampla circulação de pessoas, grande visibilidade entre políticos e jornalistas, fazendo jus aos meus cumprimentos pelo aniversário dessa mostra cultural que engrandece nossa cidade e a conduz por caminhos para muito além das barrancas do nosso rio Piracicaba.

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Alex Madureira, deputado estadual (PL) e corregedor da Alesp

 

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