Carlos Alberto da Silveira Isoldi Filho
Foi um grande sucesso o Simpósio em Comemoração aos 30 Anos da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia – Asbrap, realizado dia 5/8/2023 no Museu da Imigração, em São Paulo.
Com público de cerca de 80 pessoas, muitas vindas de outros estados (Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e até de Portugal, a abertura do evento foi feita por Carlos Alberto da Silveira Isoldi Filho, presidente da Asbrap, e pela historiadora Gabriela Araújo, representante do Museu da Imigração.
Foram convidados para a composição inicial da bancada: Gustavo Almeida Magalhães de Lemos, 1.º Vice-presidente da Asbrap; Sílvia Rita do Prado Mendes Buttrós, 2.º Vice-presidente da Asbrap; Renato de Lucca, membro da comissão de publicações da ASBRAP; e Armando Alexandre dos Santos, fundador da Asbrap, que representou o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
O presidente da Asbrap agradeceu à Diretoria do Museu da Imigração pela produtiva parceria, além de enfatizar o bom trabalho que vem sendo realizado por toda diretoria e membros das comissões de publicação e de ingresso de novos associados da entidade.
Carlos Alberto da Silveira Isoldi Filho fez uma breve explanação sobre a história da Asbrap, destacando que ela foi criada por pessoas que frequentavam arquivos, visando a preservação documental. Nesses 30 anos, a entidade sempre atuou em prol dos pesquisadores de história e genealogia, estimulando as pesquisas em fontes primárias e sua divulgação.
Em seguida, ouvimos o belo “Soneto da Genealogia” de Aline Bischoff, feito especialmente para as comemorações dos 30 anos da Asbrap.
A primeira palestra foi com Mário Luiz de Souza da Silva, representante do Family Search, que tratou dos “Novos recursos e desafios da pesquisa Genealógica”, abordando temas bastante atuais, como as inovações tecnológicas do Family Search e os problemas que estão sendo enfrentados diante da LGPD.
Na sequência, tivemos a palestra do associado da Asbrap, Marco Polo Teixeira Dutra Phenee Silva, que tratou do tema “Genealogia – mineração de dados: o que e onde procurar”. O palestrante tratou diversos aspectos da busca de dados genealógicos, que serviram tanto para os pesquisadores mais experientes quando para os iniciantes.
Houve intervalo para brunch com confraternização e rica troca de informações entre os participantes.
Na segunda parte do simpósio, foi feita homenagem a alguns fundadores, que receberam medalha alusiva aos 30 anos de fundação. Estiveram presentes os seguintes fundadores: Armando Alexandre dos Santos, que também representou Victorino Coutinho Chermont de Miranda; Fabio De Gennaro Castro; Geraldo Bonadio; Joaquim Roberto Fagundes; José Milton Negrão Silva; José Fernando Cedeño de Barros; Roberto Vasconcellos Martins; Rodnei Brunete da Cruz; Attila Augusto Cruz Machado, que foi representado por Gustavo Almeida Magalhães de Lemos; Maria Aparecida Lacerda Duarte Weber e Sérgio Weber, ambos representados por Maria Isabel da Silva Ramos.
Os fundadores Claudio Marinho Falcão, Eduardo Dias Roxo Nobre, Maria Celina Exner Godoy Isoldi, Maria Aparecida Lacerda Duarte Weber e Sérgio Weber justificaram as ausências, manifestando agradecimento pela homenagem recebida e felicitações a Asbrap.
Em seguida, houve referência ao trabalho dos presidentes já falecidos, Marcelo Meira Amaral Bogaciovas, Arthur Nogueira Campos e Roberto Machado Carvalho, seguindo-se a homenagem aos ex-presidentes Aguinaldo Cristofani Ribeiro da Cunha e Sérgio Weber, este representado por Maria Isabel da Silva Ramos. Ambos receberam placas comemorativas em agradecimento pelo trabalho desenvolvido em prol da Asbrap e dos estudos históricos e genealógicos.
Também houve homenagem ao diretor mais longevo, Rodnei Brunete da Cruz, que estava acompanhado de familiares e recebeu a placa das mãos de seu neto Murilo, pela sua dedicação, empenho e grande contribuição ao longo desses 30 anos, em favor da entidade, sem qualquer interesse que não fosse o de incentivar as pesquisas e promover os estudos históricos e genealógicos.
A última palestra do evento foi a esperada explanação sobre “Honras e mercês na colonização do Brasil”, com historiador e genealogista português Guilherme Maia de Loureiro, associado correspondente da Asbrap. Ele tratou do conceito de colonização e de como funcionava o sistema de honras e mercês, como forma de remuneração e concessão de privilégios pelos monarcas, que ajudavam a moldar uma estrutura social hierarquizada. Esclareceu que a migração poderia ter motivações religiosas, econômicas ou sociais, neste último caso representava uma possibilidade concreta de mobilidade social ascendente, ultrapassando as barreiras que existiam no reino. Pontuou, ainda, que o sistema de mercês na colonização estimulava o deslocamento de recursos humanos para a conquista e defesa de além-mar, incentivava a fixação de população reinol nos territórios a colonizar, bem como promovia uma política de integração das sociedades da metrópole e da colônia.
Familiares de Marcelo Meira Amaral Bogaciovas, principal fundador da Asbrap, também estiveram no simpósio: a viúva Clara, a filha Denise, o genro Tiago e a neta Cora.
Por fim, os participantes do simpósio visitaram o Museu da Imigração, podendo sentir um pouco do que se passava na antiga hospedaria de imigrantes.
Em breve serão disponibilizados os PowerPoints das palestras e o vídeo do evento em nosso canal do YouTube.
______
Carlos Alberto da Silveira Isoldi Filho é promotor de justiça, presidente da Asbrap e sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e do Colégio Brasileiro de Genealogia