A morte nos espreita!

 

Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho

 

         A maior certeza da humanidade é de que todos vamos morrer, ninguém sabe como, nem quando, realidade que embora seja dolorosa, é sempre escamoteada, pois é difícil lidar com a perda de “si próprio”, ou seja, da sua existência, dói na alma até mesmo daqueles que se debruçam e se entregam a pensamentos filosóficos ou religiosos; a futura não existência sempre produz angústia.

O médico lida com a morte de maneira diferente, sua missão é impedi-la e sempre atenuar os sofrimentos, tudo isso enquanto exerce sua profissão; quando o médico passa a ser paciente ou envelhece, a angústia é praticamente igual para todo mundo.

Todo esse caminho e sofrimento a respeito da certeza da morte, foi descrita por Tolstoi, considerado o melhor escritor russo, no livro “A morte de Ivan Ilitch”, toda sensibilidade social, angústia existencial, experimentação da vida caminhando para o fim inevitável, tudo em um pequeno livro de 100 páginas, considerado a novela “mais perfeita” de toda a literatura mundial.

O médico tem que lidar com os doentes que sofrem e vão morrer, muitas vezes de formas diferentes, conforme a personalidade e o posicionamento psicológico do seu paciente.

Só para amenizar o texto descrito, que a morte nos espreita e não manda recado, alguns cientistas dizem que talvez já tenha nascido neste início de século XXI, o 1° ser humano imortal.

 

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Douglas Alberto Ferraz de Campos Filho, médico

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