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Nó último sábado (8), a exposição Expo Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino, em São Paulo, recebeu a visita da Associação de Surdos de Piracicaba (ASSUPIRA). A mostra reúne aspectos inéditos e lembranças guardadas pelo cantor e dançarino e seu envolvimento com a música, com a televisão, o cinema, o teatro, a moda e sua legião de fãs. A exposição fica em cartaz até o dia 29 de julho, de segunda-feira a sábado, das 10h às 17h, com entrada franca. Hoje no Brasil , o número de pessoas surdas, passa dos dez milhões, segundo o IBGE. É muito importante que os eventos culturais tenham tradução em Libras, Língua Brasileira de Sinais”, lembrou o produtor cultural Paulo Del Castro, responsável pela coordenação da Expo Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino. A EXOSIÇÃO — Em um espaço de 420m², a mostra é dividida em sete grandes núcleos que contam a história da vida, curiosidades, a carreira do artista e tem a curadoria da jornalista e escritora Bruna Ramos da Fonte, uma grande estudiosa do legado cultural do cantor e autora da sua biografia oficial, lançada em 2017 em comemoração aos 50 anos de carreira. O projeto cenográfico da exposição é assinado pela arquiteta Thereza Faria que se inspirou nas cores e texturas do universo do Magal e criou, a pedido da curadoria, um palco em forma de uma rosa descontruída para abrigar os figurinos do cantor, já que a rosa vermelha é símbolo frequente associado a carreira do artista. MODA — Sidney Magal movimentou o imaginário feminino por seu estilo único, performances irreverentes, roupas alegres e sensuais que marcaram um dos maiores astros da cultura pop do Brasil. Um dos núcleos que deve chamar muito a atenção do público é o de moda que traz figurinos originais usados pelo cantor ao longo da sua carreira e que marcaram momentos relevantes da sua história. “Além de ser um grande artista, que faz parte da cultura popular brasileira, Sidney Magal também é um ícone de moda. Com as suas plataformas, figurinos extravagantes com brilhos e texturas, ele influenciou e ditou tendências. Na época, os seus figurinos foram uma verdadeira revolução em um momento em que a nossa sociedade era muito mais conservadora e vivíamos a rigidez do regime militar. Quando fui convidada para assinar a curadoria dessa exposição, vi que seria uma grande oportunidade para expor, pela primeira vez, uma belíssima seleção de figurinos originais que poderia ser usada como fio condutor para contarmos a trajetória do artista”, explica a curadora, escritora e designer de moda, Bruna Ramos da Fonte. MÚSICA — Desde a década de 1970, Sidney Magal gravou dezessete álbuns, a discografia poderá ser apreciada no núcleo musical e o público poderá relembrar hits famosos que transcendem gerações como Meu sangue ferve por você (Freddie Neyer e Jack Arel, 1973), Amante latino (Rabito, 1973) e Sandra Rosa Madalena, a cigana (Miguel Cidras e Robert Livi, 1978), que este ano completa 45 anos de lançamento. Este núcleo contará ainda com alguns figurinos originais, incluindo o de cigana, criado pelo estilista Nico Rosa, usado pelas dançarinas nos shows durante a música Sandra Rosa Madalena. Além de um colete original usado pelo Magal na fotografia de capa do seu primeiro disco em 1977. IDEALIZAÇÃO — A exposição Expo Sidney Magal: muito mais que um Amante Latino foi Idealizada por Rodrigo West que assina a direção artística. “Falar de Magal é falar de alegria. A ideia de homenageá-lo surgiu em 2016, tudo foi acontecendo naturalmente, pela própria capacidade do Magal de unir pessoas. Eu, como filho, precisei realizar uma nova avaliação sobre quem ele era para além de um pai, e o que representava e continua representando. Com muita satisfação conseguimos chegar a essa exposição encerrando esse ciclo de homenagens aos mais de 50 anos de carreira. Vem sendo muito bonito ter a oportunidade de participar e prestigiar os vários projetos que fizeram parte desse ciclo, desde o primeiro show, no qual Magal cantou com amigos, passando pelo sucesso do lançamento de sua biografia, filme, documentário, o musical e agora essa grande exposição”, falou o diretor artístico Rodrigo West. O produtor cultural Paulo Del Castro é o responsável pela coordenação do projeto. “É um privilégio quando se pode tentar devolver aos nossos ídolos da infância um pouco das alegrias que eles nos deram. Uma dose de Sidney Magal sempre deixa o nosso dia e a nossa vida mais feliz”, finaliza Del Castro. A exposição tem apoio do Ministério da Cultura e do Centro Cultural Correios São Paulo.
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