Captação de investimentos

Gregório José

 

Divulgado esta semana pelas Nações Unidas, o Relatório de Investimentos Mundiais 2023, apresentou dados importantes para as nações lusófonas, dentre elas Brasil, Portugal e Moçambique. Os investimentos em energia renovável vêm ganhando destaque no mundo inteiro, principalmente porque a demanda é alta e propícia para dobrar investimentos e aumentar lucros.

A movimentação de capital vem se mostrando mais resiliente do que era estimado pela própria ONU anos atrás, principalmente por conta do cenário pessimista pós-pandemia, onde grandes investidores amargaram perdas incalculáveis e viram retrair seus patrimônios, enquanto outros esperam uma maior estabilidade para, então, apostarem em novas tecnologias.

Segundo o levantamento disponibilizado para os veículos de comunicação e presente no site das Nações Unidas é possível entender que ocorreu uma queda no investimento direto estrangeiro no ano passado de cerca de 12%, uma desaceleração limitada, segundo especialistas.

Cabo Verde, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Angola receberam tímidos investimentos em se comparando com outras nações.

Por outro lado, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), verifica-se que as economias em desenvolvimento necessitam urgentemente de mais incentivo para atrair investimentos em energia renovável e garantir sua transição para fontes de energia mais limpas.

Por este prisma é mais do que preciso que sejam investidos em nações em desenvolvimento, principalmente as de língua lusófonas. A energia limpa promove menos impacto no meio ambiente e nas espécies nativas. Estudo da Unctad recomenda pacto prevendo mecanismos de financiamento até políticas para permitir que os países em desenvolvimento atraiam investimentos para construir sistemas de energia sustentáveis. O relatório aponta que as companhias energéticas que figuram entre as 100 maiores multinacionais apostam em ativos de combustíveis fósseis a uma taxa de cerca de US$ 15 bilhões por ano. Deste modo será pequeno o investimento em novas tecnologias.

É preciso mudar, mas quem vai incentivar?

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Gregório José, jornalista, radialista, filósofo

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