Moradores do Piracicamirim realizaram reunião, na tarde da última segunda-feira (1º), no centro comunitário do bairro, para contestar a instalação de um empreendimento próximo a uma área verde e de preservação permanente no Jardim Noiva da Colina. O terreno situa-se entre as ruas Professor Eulalio de Arruda Melo, Lazaro Gomes da Cruz e Professor José Galucci Filho.
A reunião foi provocada pela diretoria do centro comunitário e contou com a participação da vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade é Sua. A parlamentar, que é urbanista de formação e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, disse que “vale contextualizar que a preocupação com essa e outras áreas nas proximidades vem de algum tempo”.
Ela lembrou que a população da região já fez abaixo-assinados chamando a atenção para a preservação de áreas verdes e para a drenagem local e que a Câmara, quando Silvia foi assessora parlamentar da ex-vereadora Nancy Thame, aprovou requerimentos para saber da Prefeitura a situação da área em si, do caminho de servidão próximo a ela e da infraestrutura que a região possui.
A vereadora pontuou que, “principalmente nas últimas décadas, a região sudoeste do município teve uma concentração de empreendimentos imobiliários, em que a impermeabilização do solo e a mobilidade foram bem prejudicadas”.
“Sabemos que a cidade é dinâmica, que o desenvolvimento é importante e que o crescimento é inevitável, mas existem maneiras de isso acontecer, com responsabilidade, sustentabilidade e planejamento urbano. Essa região tinha muitas nascentes e áreas protegidas, e o Poder Público, em especial o Executivo, poderia ter evitado alguns problemas, seja com desapropriações para parques ou contrapartidas ambientais, pois existem instrumentos legais para isso”, destacou Silvia.
Indo ao encontro dos vários questionamentos das pessoas presentes na reunião, a vereadora informou que solicitou os documentos que compõem o processo de aprovação do empreendimento na Prefeitura. Somado a isso, a diretoria do centro comunitário se propôs a também pedir os documentos via Sistema de Informações ao Cidadão. Uma vez em posse deles, uma nova reunião deve ser chamada, inclusive com o convite à Prefeitura e à empresa responsável pelo empreendimento para esclarecimentos.