REPASSANDO A CIÊNCIA – Sífilis congênita

Jose F.Höfling

Estudos conduzidos por pesquisadores brasileiros (USP), na região da Lagoa Santa, em Minas Gerais, nos ossos e dentes de uma criança, de aproximadamente 4 anos de idade que viveu no mínimo 9,4 mil anos atrás, demonstraram um caso de sífilis congênita do início do Holoceno (na escala de tempo geológico, o Holoceno faz parte do Período Quaternário, que começou há cerca de 12 mil anos e que segue até os dias atuais). Segundo os pesquisadores, é o caso mais antigo de sífilis encontrado no “homo sapiens” em todo o mundo. A despeito dessa doença hoje ser passível de tratamento com alto percentual de sucesso, essa doença é ainda bastante presente na população brasileira. Em anos anteriores – entre 2010 e 2020 – houve um aumento de mais de 53%, é uma das doenças mais antigas que se conhece no mundo e no Brasil é também muito antiga! É uma doença de origem bacteriana — e não vírus — causada pelo Treponema pallidum (espiroquetas/bactérias em forma de espiral), transmitida sexualmente e também ao feto pela mãe com a doença. As pesquisas científicas são de fundamental importância para um País e governos têm obrigação de incentivá-las através de diversas formas para que possamos estar à altura de outros países mais avançados tecnologicamente e prover o conhecimento em nosso País.

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Jose F.Höfling, professor universitário

 

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