Proposta para redução de acidentes

Agnaldo Pedroso

 

Recentemente li uma reportagem em que o vereador Gustavo Pompeo e a secretaria de trânsito Jane Franco se reuniram para discutir a redução de acidentes na cidade de Piracicaba e que desta reunião saiu a proposta de fazer palestras aos jovens das escolas estaduais com idade de se tirar a habilitação, palestras estas realizadas por agentes da Semuttran.

Sempre que surgem ideias com este intuito é bem vinda porém, esta forma não é eficaz. Porque não é eficaz? É simples, não é um encontro continuo, os alunos vão ouvir e talvez vejam alguns acidentes através de vídeo ou fotos.

Mas, vamos analisar, os acidentes segundo estatísticas acontecem na maioria com o sexo masculino na faixa de idade entre 25 e 45 anos. Estes estudantes estão com 17 ou 18 anos, vão pensar ainda se querem tirar habilitação ou preferem um celular e se conquistarem a habilitação muitos ainda não tem veículo, ou seja, o tempo de conquista da CNH e do veículo faz com que a  palestra na escola caia no esquecimento, e tem um outro detalhe, quem faz este papel é o CFC “A” curso teórico com 45 horas/aula e que é reforçado pelo CFC “B” na pratica mais 20 horas/aula, não acredito que as palestras realizados pelos agentes cheguem a esta carga horária no ano.

Tenho um exemplo pratico na minha família, minha filha preferiu fazer a faculdade antes de tirar habilitação e olhe que ela estuda em outra cidade, a prioridade para os jovens é outra, o foco da campanha deve ser em cima da massa produtiva.

É sabido que o CTB define que as multas arrecadadas deverão ser usadas na Engenharia, Educação e Fiscalização, portanto o departamento de trânsito deve saber aplicar o dinheiro arrecadado na melhor maneira possível em cima deste tripé. Analisar as condições das vias e suas sinalizações, campanhas educativas constantes de conscientização e respeito no trânsito e a fiscalização em locais que geram riscos de acidentes.

Como disse anteriormente a ideia é boa, se fosse aplicada já no ensino fundamental I e II e no ensino médio de forma constante e por instrutores capacitados, aí sim, os alunos crescem com mentalidade de respeito às leis de trânsito, ao meio ambiente e ao próximo.

Abro um parênteses, para dizer que achei fantástico e parabenizo a ideia de colocar adesivo na lateral do ônibus mostrando o ponto cego, este já é um caminho.

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Agnaldo Pedroso, especialista em gestão em trânsito; [email protected]

 

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