Suzano, Aracruz, Realengo, Sobral, Vila Sônia… qual a próxima? Neonazismo, “redpill”, misoginia, adoração a armas, o ambiente escolar enfrenta desafios de um mundo que não é mais o de 1980, os ataques armados em escolas se tornaram uma preocupação crescente em todo o mundo nas últimas décadas.
Precisamos de políticas públicas para o hoje! Políticas que considerem saúde mental, sobrecarga, influência das redes sociais, grupos extremistas, “deep web”. Adolescentes e jovens são os principais alvos dessas seitas. Até quando vamos assistir tudo isso como se fosse uma mera coincidência?
Embora cada país tenha suas estatísticas próprias, alguns estudos sugerem que o número de ataques armados em escolas aumentou nos últimos anos. Tivemos mais ataques armados em escolas nos últimos 10 anos do que nos 50 anteriores.
Infelizmente, há uma história triste por trás dos casos de violência nas escolas. Acredita-se que a raiz desse problema esteja em questões sociais e familiares, como negligência, abuso, violência doméstica, exclusão social e falta de recursos financeiros.
Além disso, a facilidade de acesso a armas e a violência presentes na mídia também podem influenciar ações violentas.
É importante que medidas sejam tomadas para prevenir e combater a violência nas escolas, incluindo a criação de programas de educação para pais e filhos, a melhoria do sistema de segurança escolar e o fortalecimento das políticas de controle de armas.
A conscientização e a compaixão também são fundamentais para criar uma cultura de paz e segurança em nossas escolas e comunidades.
Por exemplo, nos Estados Unidos, houve um aumento significativo no número de tiroteios em escolas nas últimas décadas. De acordo com a Associação Nacional de Proteção de Crianças, entre 1940 e 1980, houve cerca de 15 tiroteios em escolas nos Estados Unidos.
No entanto, desde 2010, houve um aumento dramático, com mais de 300 tiroteios em escolas em todo o país.
Em outros países, como Brasil e México, também houve um aumento no número de ataques armados em escolas nos últimos anos. No entanto, em algumas outras partes do mundo, como Europa e Ásia, o número de ataques armados em escolas tem sido relativamente baixo.
Embora seja difícil determinar a causa exata desse aumento, alguns especialistas atribuem isso a uma combinação de fatores, incluindo o fácil acesso a armas de fogo, o aumento do bullying e da pressão sobre os alunos, a falta de apoio emocional e psicológico para os alunos e a dificuldade de prevenir agressores potenciais antes que eles ajam.
Esse diagnóstico preventivo só será efetivo com investimento efetivo na educação e em tudo que a cerca.
Paula Filzek
Advogada, sócia do escritório Rocha & Filzek Sociedade de Advogados, vice-presidente do PDT de Piracicaba