Luiz Tarantini
Olá alvinegros apostólicos romanos. Sejam todos bem vindos ao nosso espaço semanal, livre de amarras e “padrinhos” que inibem ou proíbem a liberdade de expressão. Nossa prosa é liberta, independente e com a verdade acima de tudo. Às vezes sinto como se estivesse na “prainha” (esquina da XV com a rua da praça, bem atrás da igreja catedral), aonde todos os acontecimentos do mundo esportivo e principalmente do Nhô-Quim eram discutidos, regados com o delicioso café do “bistecão”. Saudades dessa época boa, de pessoas do bem conversando sobre todos os assuntos sem “mimimi” ou “nutelice”.
O XVZÂO venceu o comercial nesta última quarta feira e está muito próximo de atingir sua segunda meta do planejamento. A primeira era garantir a permanência na série A2 de 2024, e a segunda à classificação entre os oito primeiros. Faltando duas rodadas para finalizar esta fase o alvinegro sai neste domingo para enfrentar a Portuguesa Santista no estádio Urico Mursa em Santos e depois recebe no Barão o Velo Clube no outro sábado fechando a primeira fase.
Ainda não se pode comemorar nada, dos seis pontos em disputa, o XV precisa fazer no mínimo quatro pontos para se classificar sem depender de nenhum outro resultado, tarefa nada fácil pelo que vem apresentando a “briosa” e o vizinho time do Velo da cidade de Rio Claro. Ambas as equipes estão hoje na frente do Nhô-Quim na tabela de classificação e não é por acaso, Velo tem seis vitórias e a Portuguesa sete, enquanto o XV aparece com quatro, o Nhô Quim depois da Ponte Preta é o time que menos derrota sofreu apenas duas enquanto a macaca tem uma única derrota.
As chegadas de Vitor Braga e Anderson Cavalo foram fundamentais para este arranque e a colocação entre os oitos primeiros, com eles o treinador Cléber Gaúcho conseguiu ajeitar seu plano tático com as peças corretas, ainda faltam mais ajustes, principalmente no meio campo aonde Braga continua sobrecarregado na armação de jogadas e no primeiro combate ao adversário. Samuel Andrade, que é uma das peças deste encaixe, perdeu a cabeça na partida contra o comercial e acabou sendo expulso, ficando de fora contra a santista lá na baixada, vai fazer muita falta, pois no elenco não tem outro atleta com suas qualidades de desarme e ajuda na criação.
O time do XV cresceu na hora certa, deu sustos e causou temor e pânico ao seu torcedor e na imprensa, a possível queda para a série A3 chegou a rondar as rodas de bate papo e os comentários nos programas esportivos, o time não perdia, mas também não ganhava, foram sete empates que proporcionaram ao treinador um carinhoso apelido de “EMPATCHÊ”, brincadeiras a parte em alguns momentos faltou confiança no trabalho de fora para dentro e também de dentro para fora, as conversas entre os núcleos do clube já não estavam tão alinhadas.
Cléber Gaúcho e o gestor Douglas Pimenta ouviram as críticas e passaram pelo pior momento quietos, trabalhando e sem responder a nenhuma ofensa ou crítica mais “ácida” (esta por sinal partindo de dentro do próprio clube), o bom momento voltou e o trabalho começou a fluir e aparecer, ainda não ganhou nada, mas aquele brilho nos olhos dos jogadores e torcida voltou, agora só o próprio XV pode vencê-lo. Times que brilharam no início da competição já aparecem flertando na parte de baixo da tabela, casos específicos de Juventus e Linense, cheguei a ler e ouvir comparações entre o Nhô-Quim e estas agremiações, ainda bem que de onde partiu tal comparação não tem conhecimento verdadeiro sobre futebol para tal comentário. A hora é agora, são duas batalhas pela frente e o glorioso alvinegro está chegando ao seu melhor momento, com equilíbrio, calma, fé no planejamento e no trabalho realizado, minha nossa o ranger de dentes já pode ser ouvido a quilômetros, QUE FASE!