O homem e os macacos são parentes

João Salvador

 

Pela teoria darwinista os seres viventes podem se adaptar e evoluir pelo princípios da seleção natural, de acordo com o meio em que vivem. Os que não se adaptam são extintos. Nesse contexto, no que tange às linhagens dos símios, sobre a adaptação e evolução, encontra-se o Homo sapiens – homem sábio -, porém os demais primatas, ainda existentes, permanecem apenas na adaptação.

Os Neandertais foram contemporânios do Homo sapiens, com o qual tiveram um relacionamento social e troca de genes. Em estudos  baseados no DNA do fóssil de uma criança da espécie extinta, encontraram genes de ambos. Essa espécie foi extinta por inadaptabilidade, ou talvez, pela má convivência com a espécie sapiens.

A partir do Homo habilis, surgiram cinco linhagens dos grandes homos, na qual a nossa espécie está inserida. Os macacos se adaptaram, tornaram-se bípedes, com maior agilidade para subirem nas árvores e escapar de predadores – tigres, leões. Por sua vez, nossa espécie também passou a se locomover na forma ereta, andava e corria com maior velocidade pelas savanas africanas, e, assim, podiam também, fugir dos perigos iminentes. A variabilidade genética foi a razão do aumento do bipedismo ou bipedalismo.

Se o homem é uma linhagem que vem do macaco, então ele é parente e não descendente dele. Seus ancestrais são os mesmos, os Australopithecus, gênero dos hominídeos. Os monos existentes não evoluíram, devido ao ambiente de selva. Já os sapiens, com maior massa encefálica e maior número de neurônios, tiveram a garantia de maiores vantagens no processo evolutivo e reprodutivo.

A evolução corresponde às mudanças de características dentre  sucessivas gerações, em combinação morfológica. A vida é mutável, a ponto de colocar de fora uma outra espécie, em um processo gradual, através de milhões de anos. As semelhanças biológicas entre o homem e os macacos, nos pareceres dos estudiosos, o sapiens tem grande similaridade com os chimpanzés. O genoma sequenciado desse antropoide mostrou uma identidade genética entre ambos de 98%. A grande vantagem do homem é que seu neurocrânio tornou-se de multifuncionalidade, de genes vertiginosos de criatividade, até chegar na fase tecnológica.

Na evolução a regra é a extinção dos que não se adaptam e a sobrevivência adaptativa é a exceção. Quando Marte for colonizado, certamente os descendentes, após sucessivas gerações, serão cada vez mais diferenciados de seus predecessores.

O evolucionistas não pretendem polemizar com o criacionistas, apenas dar sua visão científica e não teológica. Fé e crença merecem respeito, porém a ciência não tem partido e nem religião, embora Albert Einstein tenha dito que a ciência sem religião é manca e a religião sem a ciência é cega. Será que Adão e Eva surgiram dessa espécie, através de uma mutação, pela obra do Criador?

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João Salvador, biólogo e articulista

 

 

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