Apesar da diminuição, a Prefeitura alerta para os riscos da doença, que é transmitida pelo carrapato-estrela e pode levar à morte
O trabalho de orientação e prevenção à febre maculosa das Secretarias de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) resultaram na diminuição de 60% no número de casos confirmados. No ano passado, foram dois casos e um óbito pela doença. Em 2021, foram cinco confirmações e quatro mortes. Os dados são da Vigilância Epidemiológica Municipal.
Apesar da diminuição, a Prefeitura alerta para os riscos da doença, que é transmitida pelo carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii e pode levar à morte. O período de maior incidência da febre maculosa é entre junho e novembro, mas em Piracicaba, o rio que corta a cidade exige ainda mais cuidados. No verão, época das cheias, o cartão-postal atrai muitos piracicabanos e turistas às suas margens. Além das pessoas, o local também é o preferido das capivaras, um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela, por isso o CCZ não baixa a guarda o ano todo.
Além das margens do Piracicaba, desde o bairro Monte Alegre até Artemis, outras áreas identificadas como de maior risco de contaminação da doença são as margens do ribeirão Piracicamirim, a lagoa do Santa Rita, Parque da Rua do Porto e a margem do rio Corumbataí.
Animais domésticos, como cães e aves, também podem ser hospedeiros dos carrapatos, então, é importante redobrar os cuidados com eles. “A transmissão da doença não ocorre de uma pessoa para outra e os principais sintomas são febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, pontinhos avermelhados nas mãos e pés”, destaca o secretário de Saúde, Filemon Silvano, ao lembrar que ações educacionais são realizadas em parceria com a Educação, nas escolas, além de orientações que estão disponíveis junto as unidades que saúde da cidade.
CUIDADOS – Caso a pessoa suspeite que tenha sido infectada e possua sintomas iniciais, é importante procurar uma das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e informar que esteve em região de risco para a doença. A falta ou demora no tratamento agrava o caso, podendo levar ao óbito. Para se prevenir onde possa haver carrapatos, a recomendação é examinar o corpo a cada três horas, usar roupas claras para facilitar enxergar melhor os parasitas e usar repelentes. Ao encontrar carrapatos no corpo, retire com auxílio de uma pinça, sem esmagar com as unhas para não ocorrer a liberação de bactérias, quanto mais rápido a retirada, menor será o risco da doença.