Rodrigo Leitão
Contribuir para a universalização do saneamento básico no Brasil é o grande objetivo da Aegea Saneamento, o maior grupo privado do setor no país, da qual a Mirante faz parte. Mirante, inclusive, é um dos exemplos super bem-sucedidos dentro da Aegea, uma vez que universalizou o saneamento em 2014, apenas dois anos após assumir o esgotamento sanitário de Piracicaba.
Mas conquistar a universalização necessitou de muito investimento, recursos que só foram possíveis graças à assinatura de uma PPP (Parceria Público-Privada) entre a Mirante e a Prefeitura de Piracicaba, por meio do Semae. Entre esses importantes investimentos estão a construção e a modernização de estações de tratamento de esgoto (ETE). Atualmente, Piracicaba conta com 24 ETEs, sendo que as quatro maiores são: Bela Vista, Piracicamirim, Capim Fino e Ponte do Caixão. Juntas, as quatro estações tratam, aproximadamente, 95% de todo esgoto gerado na cidade.
A Bela Vista, construída pela Mirante, começou a operar em 2013 e teve participação efetiva na conquista da universalização do saneamento em Piracicaba. Localizada na região de Santa Terezinha, a ETE tem capacidade para atender aproximadamente 150 mil habitantes. Instalada em uma área de 42 mil metros quadrados, a Bela Vista foi construída com o objetivo de atender, em conjunto com a ETE Capim Fino e a ETE Ártemis, toda a demanda de tratamento de esgoto dos bairros localizados à margem direita do rio Piracicaba.
Na Piracicamirim, ETE responsável pelo tratamento de esgoto da região leste de Piracicaba, a Mirante investiu na troca de concepção, especialmente para diminuir o mau cheiro que a unidade exalava. O primeiro passo foi redirecionar o esgoto industrial para outra unidade, uma vez que essa descarga desestabilizava o sistema. Em seguida, a Mirante ampliou a capacidade de atendimento e a estação ganhou sopradores de ar, difusores e linhas de transporte de ar na lagoa de aeração, o mesmo sistema implantado nas ETEs da Ponte do Caixão, Bela Vista e Capim Fino. Resultado: fim do mau cheiro.
É impossível falar sobre o progresso de Piracicaba sem pensar na importância do complexo automotivo, o Parque Tecnológico e o Distrito Industrial Uninorte, três polos de desenvolvimento, geração de renda e de postos de trabalho no município. Da mesma forma, é preciso destacar o papel da ETE Capim Fino, unidade que atende uma população estimada de 20 mil habitantes que residem e/ou trabalham nos bairros Santa Rosa, Capim Fino, no complexo automotivo, no Parque Tecnológico e no Uninorte. Outra integrante do grupo é a ETE Ponte do Caixão, localizada na margem esquerda do Rio Piracicaba, também com capacidade para atender 150 mil habitantes.
RETORNO À POPULAÇÃO
Todo o investimento da Mirante na coleta e tratamento de esgoto têm dois focos: saúde e qualidade de vida, além da preocupação com o meio ambiente. Vamos começar pelo primeiro. Imagine se não houvesse em Piracicaba o tratamento de esgoto. Para onde iria toda a água que utilizamos nas nossas atividades diárias, como tomar banho, acionar a descarga do vaso sanitário, lavar as louças na pia da cozinha, lavar roupas na máquina de lavar ou no tanque, entre outros? Para os rios, ribeirões e córregos, ou seja, para a natureza.
“Com o tratamento do esgoto, evitamos a alteração das características do solo e da água, além da poluição e contaminação dos nossos recursos naturais. Por isso é tão importante o trabalho que desenvolvemos na Mirante, ou seja, devolvemos aos corpos hídricos, efluentes tratados. Dessa forma estamos preservando o meio ambiente e contribuindo para a saúde da população”, explica o gerente de Operações da Mirante, Rodrigo Leitão.
E o que significa “devolver efluentes tratados aos corpos hídricos”? Significa que todo esgoto que entra ‘in natura’ na ETEs é devolvido aos rios e ribeirões, tratado, conforme legislação específica. Rodrigo resume muito bem a operação das estações de tratamento de esgoto. “Temos o privilégio de viver em um município que já alcançou a universalização da coleta e tratamento de esgoto. Isso significa que todo esgoto coletado em Piracicaba é tratado e devolvido ao corpo hídrico em condições adequadas que, além de preservar as águas, protegem a fauna e a flora”, diz.
FAUNA E FLORA
A relação do piracicabano com o rio Piracicaba é cantada em prosa e verso, imortalizada por artistas e reconhecida nacionalmente. Todo o cuidado que a Mirante tem com o esgotamento sanitário também tem relação direta com o rio Piracicaba porque, como já vimos, o esgoto só é devolvido aos corpos hídricos depois de tratado. E como é lindo ver o nosso rio Piracicaba hoje, inclusive podendo acompanhar a piracema que, em tupi guarani, significa ‘subida’ de peixes. Nesse período, que vai de 1° de novembro a 28 de fevereiro, podemos ver os peixes saltando no véu da noiva.
Mas as contribuições não param apenas no rio que vemos diariamente. O Piracicaba é também a estrela quando o assunto é o Tanquã. Distante 55 km do centro da cidade, esse verdadeiro santuário ecológico é conhecido como mini Pantanal paulista devido a semelhança de seu ecossistema com o Centro-Oeste brasileiro. As águas rasas e lentas atraem mais de 230 espécies de aves, das quais 19 estão ameaçadas de extinção. Abriga também mamíferos, répteis e anfíbios que perderam o habitat devido ao desmatamento da Mata Atlântica e do Cerrado. Assim, o Tanquã se tornou não só uma área de refúgio para descanso, alimentação e abrigo, mas também um local para reprodução de aves migratórias.
Por todos esses motivos, a Mirante se orgulha em fazer parte da mudança de realidade na vida das pessoas e na natureza exuberante que temos em nossa volta. Mirante, com você, por você, por histórias mais dignas e por futuros mais azuis!
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Rodrigo Leitão é gerente de Operações da Mirante