Campos do Conde -Mato alto em áreas verdes preocupa moradores

Acácio Godoy verificou problemas na conservação de áreas verdes. CRÉDITO: Guilherme Leite

 

O mato alto em uma extensa área verde localizada na rua Elza Matico Donomae, no Campos do Conde, disputa lugar com pés de acerola, graviola, alecrim, manjericão e orégano, plantados e cuidados por Regina da Conceição Ribeiro Machi e seu esposo, que há 6 anos residem em uma casa em frente ao espaço. “Aqui era uma área onde eu trazia meus netos para brincar. Agora está cheio de mato, uma judiação”, lamentou a moradora ao vereador Acácio Godoy (PP), que visitou o local na tarde desta segunda-feira (13).

Ainda segundo Regina, o mato alto é também um criador e esconderijo para mosquitos e animais peçonhentos. “Hoje, eu saí para andar com o meu netinho de bicicleta, beirando a calçada, e voltamos todos picados de pernilongo e outros insetos. Não tem condição uma coisa dessas. Eu também já encontrei escorpião e rato dentro de casa”, disse.

De acordo com a moradora, a frequência de limpeza do terreno pela prefeitura diminuiu ao longo dos anos. “Você vai lá, liga no 156, dá o número de protocolo, mas não adianta. Antes, o mato, nessa época de chuva, ele era cortado a cada 15 dias”, falou.

Segundo Acácio Godoy, os apontamentos feitos pela moradora serão enviados ao Executivo por meio de requerimentos e indicações. “O abandono das praças públicas e de espaços públicos é recorrente. É preciso que o município cuide dos próprios municipais com a mesma efetividade que ele cobra do particular”, disse o parlamentar.

Ele ainda informou que pedirá, além da limpeza da área, a instalação de equipamentos públicos, como uma academia ao ar livre, por exemplo, com o intuito de fomentar ainda mais a ocupação do espaço pela população. “Se eu crio nesses espaços públicos uma área de convivência, a adesão dos moradores ao espaço evita a sua degradação, evita que as pessoas joguem lixo e entulho, e eu gero uma área de convívio entre as famílias”, acrescentou Godoy.

ÁREA DE LAZER – Poucos metros à frente, na rua Carlos Ruiz Santiago, há também uma área de lazer, com quadra de cimento e campo gramado de futebol. Por lá, é o mato alto no entorno do espaço e a falta de iluminação pública que preocupam Regina. “Não tem luz e a quadra está perdida no meio do mato. O campo também estava com mato alto, mas um pessoal que joga futebol americano fez uma vaquinha e eles limparam o campo para conseguir jogar”, disse.

“Aqui é muito bonito, mas a partir das 18h, quando anoitece, se não tiver um bom fluxo de moradores, já não dá [para ficar seguro]. É mato, não tem luz, e as árvores, praticamente, bloqueiam a visão da rua. Eu imagino que, à noite, uma pessoa possa facilmente se esconder aqui”, analisou o vereador, que informou que encaminhara um pedido à Prefeitura para que o mato no entorno da quadra e do campo seja capinado e que lá sejam instaladas luminárias.

ANTIGO ECOPONTO – Nas proximidades, na região do Cecap, na avenida Eurico Gaspar Dutra, no terreno onde anteriormente existia um Ecoponto, o mato alto é novamente apontado como um problema para quem por ali transita, especialmente a pé.

“Aqui existe calçamento, mas ele está intransitável pois o mato dominou e o cobriu quase que totalmente. Os pedestres são obrigados a transitar pela rua e pela avenida, onde há circulação de veículos, colocando em risco a sua segurança”, falou o vereador.

ASFALTO  – Durante a visita ao bairro, Acácio Godoy também observou a existência de diversos buracos no asfalto ao longo da avenida Eurico Gaspar Dutra. “Essa é uma das principais vias que liga o bairro Campos do Conde ao Cecap. Em diversos trechos dessa avenida, inclusive aqui em frente à Escola Municipal Prof. Francisco de Almeida Kronka, ela está totalmente esburacada. Os carros transitam fazendo diversas manobras para evitar os buracos, mas em algumas áreas nem isso é possível”, disse o vereador.

Além das condições asfálticas, outro ponto que também será objeto de indicação, segundo o vereador, é o estado de conservação da calçada em frente à escola que, em diversos pontos, possui elevações que podem dificultar, por exemplo, a locomoção de cadeirantes:

“Embora haja rampa de acesso para cadeirantes, vemos que em alguns trechos é praticamente inviável que o cadeirante se desloque sem apoio ou ajuda de outra pessoa, o que não é ideal. O ideal é que ele tenha autonomia para se deslocar livremente”, concluiu Godoy.

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