Eleição ou confusão?

Dia 2 de outubro aconteceu a primeira etapa de mais um processo eleitoral de nosso País e, desde a noite do mesmo 2 de outubro, começou outra eleição totalmente diferente do primeiro turno. Como em toda eleição que eu vivi até hoje, mais uma vez, algumas surpresas aconteceram e outras quase certezas se efetivaram e podem continuar acontecendo.

A polarização de fato se consolidou e com uma margem bem diferente das mostradas nas pesquisas que davam uma quase vitória do líder já em primeiro turno. Já a nível estadual, na reta final, as pesquisas mostravam que aparentemente as dificuldades da pandemia iriam refletir na campanha que lutava para chegar ao segundo turno com um dos candidatos da polarização a nível nacional e aí mais uma reviravolta.

O segundo colocado termina o primeiro turno em primeiro, mostra a força do seu partido a nível de São Paulo e chega bem credenciado a levar essa peleja, mas, como no primeiro turno, tudo pode mudar. Mas o que dizer sobre as pesquisas? Entendo que podem ter várias nuances, algumas direcionadas, outras encomendadas ou até mesmo um movimento como acontece em alguns estados americanos que os eleitores de um determinado candidato se recusam a responder os pesquisadores para desacreditar alguns institutos.

O fato é que mais uma vez as urnas eletrônicas trouxeram a voz do povo brasileiro; soberanas, elas mostraram a todos nós que de fato o Brasil passa por uma transformação e principalmente no Poder Legislativo onde alguns nomes tradicionais da política ficaram de fora, depois de muitos mandatos, sejam estaduais ou federais, e nomes novos chegam com força e merecendo respeito.

As urnas, este ano, trouxeram uma única certeza, que, assim como as redes sociais, os partidos e os políticos precisam estar antenados 24 horas por dia, pois o comportamento do eleitor mudou e não temos mais espaço nem votos para o tradicional. As novidades vêm por aí, o velho sorriso, abraço, carregar criança em campanha deram lugar ao discurso ou discussão firmes, contundentes e às vezes meio grosseiras, mostrando que o que manda agora são as linguagens cibernéticas e a potencialidade do líder tem para conseguir cativar a confiança do eleitor com essa linguagem.

Espero que, nessa nova eleição, os projetos e propostas de trabalho apareçam, as ideias sejam discutidas e analisadas, sem ataques pessoais ou ofensas de ambas as partes. O Brasil precisa como sempre de ações concretas sem muito discurso, ação, e não sonho, como em toda eleição temos que olhar o que foi feito e o que pode ainda ser realizado, pois vivemos numa nação em que a desigualdade social e a diversidade cultural e econômica proporcionam um leque de ações que ainda podem ser realizadas e que os nossos futuros governantes precisam dar a oportunidade do País continuar avançando.

_____

Pedro Kawai (PSDB), vereador em Piracicaba

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima