Salvem o Planeta Terra José Osmir Bertazzoni

Nossa mensagem de hoje inicia-se com uma interrogação de fácil resposta, que deverá chamar atenção dos mais velhos e, principalmente, dos mais jovens, cujo futuro aguarda com o resultado de nossos esforços atuais. Talvez você não conheça pessoalmente um deserto como da Antártida (tamanho: 14.2000.000 km²); do Ártico (dimensão: 13.900.000 km²); do Saara (dimensão: 9.200.000 km²); da Arábia (dimensão: 1.855.000 km²); o Deserto de Gobi (dimensão: 1.295.000 km²); Deserto do Kalahari (dimensão: 930.000 km²); Deserto da Patagônia (dimensão: 673.000 km²); Deserto de Chihuahua (dimensão: 501.896 km², localização: América do Norte); Deserto da Grande Bacia: (dimensão 492.000 km², América do Norte); Deserto Sírio: (dimensão 470.000 km², Oriente Médio); Grande Deserto de Vitória: (dimensão 422.466 km², Oceania); Deserto de Karakun: (350.000 km², localização Ásia).

Os desertos são área hostis, e algumas espécies de vidas se adaptaram em cada um deles especificamente. Nós, seres humanos, precisamos de climas e condições climáticas favoráveis para uma sobrevivência produtiva e, por isso, escolhemos lugares arborizados e com água em abundância para vivermos.

Com a crescente evidência do aquecimento global, atenção considerável está sendo dada ao destino das árvores e florestas. Sabe-se que quase um terço das terras do planeta é coberto por florestas. São elas, as florestas, que abrigam 80% da biodiversidade terrestre, proporcionando habitat, alimento, abrigo e oportunidades de relacionamento com muitos animais, fungos, microrganismos e outras plantas.

A biodiversidade é o primeiro entre os chamados serviços ecossistêmicos que as florestas garantem às comunidades humanas. Depois, há água, solo, qualidade do ar, regulação do clima, proteção contra instabilidade hidrogeologia e, por último, mas não menos importante, o fornecimento de produtos florestais lenhosos e não lenhosos, que permitiram o desenvolvimento das sociedades humanas como as conhecemos. As florestas também contêm cerca de três quartos da biomassa da Terra e estão intimamente ligadas ao balanço de carbono atmosférico.

Como qualquer ecossistema terrestre, as florestas e as espécies de árvores que as compõem são sensíveis ao clima. As árvores respondem ao aumento das temperaturas como sempre fizeram: “se movem” para habitats climaticamente mais adequados e, ao mesmo tempo, continuam a se adaptar às diferentes condições ambientais graças à pressão seletiva e ao potencial de modificação genética que podem expressar. Mas as mudanças climáticas que estamos experimentando são muito rápidas para o relógio biológico e genético das árvores. Assim, algumas populações não serão capazes de acompanhar a extrema velocidade das mudanças ambientais em curso.

O resultado desse processo é a desertificação, que se define como um processo de destruição do potencial produtivo da terra por meio da pressão exercida pelas atividades humanas sobre ecossistemas frágeis, cuja capacidade de regeneração é baixa, levando o planeta a uma situação de miséria produtiva e climática.

O problema da desertificação passou a despertar o interesse da comunidade científica há 80 anos; contudo, somente nos últimos dez anos passou a ser destacado como um sério problema ambiental, devido ao seu impacto social e econômico, uma vez que o processo ocorre de forma mais acentuada em áreas correspondentes aos países subdesenvolvidos.

Além disso, a perda de solo agricultável vem aumentando significativamente, agravando ainda mais a situação das economias desses países. É importante ressaltar, porém, que o processo de desertificação ganhou relevância a partir de um intenso processo de degradação do solo que ocorreu nos estados americanos de Oklahoma, Kansas, Novo México e Colorado.

Antes que muitas das regiões brasileiras sofram definitivamente esse processo, é necessária uma visão mais responsável por parte do Estado e dos governos, para evitar danos irreversíveis à nossa natureza. Já vivemos momentos de cautela e não podemos permitir a degradação, em especial da Região Amazônica, sob pena de corroborarmos esse crime de lesa pátria e executarmos esta ação nefasta contra as futuras gerações.

_____

José Osmir Bertazzoni, jornalista, advogado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima