O Ipplap, a  Emdhap e a  Administração Publica

Rui Cassavia Filho

 

Quando criado o IPLLAP – Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba – trabalhava na Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Piracicaba e, me lembro muito bem, que nela os projetos de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da Administração Pública eram criados , elaborados e preparados para as licitações públicas.

Todos os elementos necessários para elaboração destes projetos eram catalogados pelos funcionários , que pelo trabalho exaustivo de coleta de dados, assavam a maior parte do tempo pesquisando esses e outros dados, mapeando a cidade de informações dos equipamentos públicos e privados capazes de indicar o nível de urbanização da cidade.

Havia ainda o pessoal que elaborava os orçamentos e planejamento das diversas obras para atender a legislação de licitações, e a turma que “lidava com as obras particulares, isto é, aprovações de edificações e parcelamento do solo.

Se não bastasse estas tarefas , complexas e exaustivas, tinha-se de lidar com as particularidades das propriedades tombadas as quais possuíam regras específicas de edificações, de uso e ocupação do solo.

Havia ainda, mais uma tarefa, talvez a mais complexa de todas, a elaboração e manutenção do Plano Diretor de Desenvolvimento, que naquela época atrelava à mobilidade urbana.

A Administração Pública, que possui regras próprias, exige uma complexidade de orçamentação e contabilidade própria, Lei 4.320/64 qual “Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal” para aelaboração dos projetos urbanísticos, de engenharia e do próprio orçamento e despesa pública.

Os diversos processos administrativos envolvidos na Secretaria de Planejamento tornaram-se inviáveis sob a responsabilidade do Secretário, exigindo especialidades e particularidades no seu desenvolvimento administrativo.

Houve por bem a instituição do IPLLAP para a realização de pesquisas e planejamento da cidade em todas as suas peculiaridades capazes de dar sustentabilidade os vários projetos que a cidade exigia e exige.

Criou-se o órgão “pensante”; aquele que busca as  melhores soluções dos diversos problemas da cidade, e aquele, particularmente, desvinculado de atribuições políticas mas de responsabilidade socioeconômica relevante e ímpar.

Assim veio a Empresa de Desenvolvimento de Habitação de Piracicaba – EMDHAP – que visou implantar “inovações tecnológicas, econômicas e  sociais” capazes de minimizar o custo das edificações e de urbanizações de habitação de interesse social.

Instalou-se uma usina de pavimento a frio, execução e máquinas de baixo custo, com durabilidade garantida pelas técnicas de engenharia de pavimentação, que me lembro muito bem da busca de pavimentação de baixo custo para habitação de interesse social do INOCOOP de Campinas, além do uso do mesmo tipo de “asfalto” utilizar “solo arenoso fino” em substituição a brita ( pedras )  de alto valor agregado buscando minimizar o custo da quele pavimento.

Se não bastasse, a EMDHAP poderia produzir os blocos  de concreto em substituição ao tijolo comum aproveitando-se da sua resistência e estabilidade construtiva como se ultiliza, hoje, pelas construtoras a alvenaria estrutural de blocos de concreto em prédios de até 15 pavimentos para atender o programa “ Minha Casa Minha Vida”.

Essa forma de construir edifícios baratos é introduzida nas edificações até de padrão alto para que se possa minimizar os custos e maximizar os lucros. 

Então a “inovação” para habitação de interesse social já estava aqui há trinta anos, e não foi preciso inventar um “hub” para buscar novas tecnologias.

Bastava aplicar estes projetos “IPPLAP e EMDHAP” com sabedoria, inteligência, e eficiência que a Administração Pública exige em benefício ao povo que o “Alcaide” ou “Toridade” compete a fazer.

Assim se faz com este país e nesta “terrinha”: abre a porteira para a boiada passar destruindo a cultura, a educação, o desenvolvimento socioeconômico, o meio ambiente, o povo e a vida.

 Então, caros, “De Volta ao… Passado.”

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Rui Cassavia Filho,  Gestor da Propriedade Imobiliária

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