Alvaro Vargas
A mais antiga referência a Atlântida, digna de credibilidade, vem das obras de Platão, na antiga Grécia, escritas no século IV a.C.Segundo o espírito Emmanuel (XAVIER, F. C. A caminho da luz, cap. 3), em passado distante, além de Atlântida, existiu também Lemúria; ambas as regiões se interligavam com o continente americano até a China (Emmanuel, op. Cit., cap. 9).Conforme o espírito Miramez (MAIA, J. N.Filosofia Espírita, vol. XVI, cap. 21), “esses dois continentes eram civilizações altamente intelectualizadas, em relação aos povos de então; com relação à Atlântida, quando da súbita invasão das águas, muitos escaparam de diversas maneiras, visto que a catástrofe já era prevista”. Essa opinião é compartilhada por Edgar Armond (Na Cortina do Tempo), na qual parte dos atlantes se evadiram antes da grande catástrofe, dando origem a outras civilizações.
O espírito Emmanuel (XAVIER, F. C. Revista Aliança para o Terceiro Milênio, Ano I – nº 4. LBV), cita que“Atlântida submergiu no oceano há 37.000 anos, sendo que as últimas ilhas, que guardavam os remanescentes da sua civilização, também afundaram,12.000 anos atrás”.Cada civilização obedece a um período pré-estabelecido para cumprir o seu estágio evolutivo no mundo material. A raça lemuriana, que precedeu os atlantes, ao finalizar o seu período, desapareceu, obedecendo“ a lei de transformação, cujo objetivo é a renovação e o melhoramento dos seres vivos” (KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. As Leis Morais, cap. VI – questão 728). “Cada etapa de aprendizado é constituída de 28.000 anos, assim, seguido ao trabalho lemuriano, iniciou-se a era de Atlântida, de igual período, com grandes trabalhos, em que a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável. Achamo-nos, agora, nos últimos períodos da grande raça Ariana.” (Emmanuel, op. Cit.).
No caso das civilizações anterioresà atual, foi necessário o processo de desencarnação coletivo, para possibilitar uma substituição dos espíritos e provocar mudanças sociais, as quais, sem o desastre natural ocorrido, levariam mais tempo para serem atingidos. Para o nosso planeta, temos a profecia de João, citando que “todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares” (Apocalipse, 6:14). A respeito da humanidade, as Sagradas Escrituras dizem que dois terços podemsofrer as consequências dos cataclismos naturais.“E serão deixados poucos homens” (Isaías, 24:6); “e acontecerá em toda a terra, diz o Senhor, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela.E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata” (Zacarias, 13:8-9); “e morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus.” (Apocalipse, 8:9), em cujo simbolismo se percebe que dois terços dos habitantes da Terra podem desencarnar.Importante recordar que as profecias são avisos de acontecimentos que podem ou não correr, dependendo do nosso comportamento.
Os desvios morais ainda existentes na sociedade, estão relacionados com a formação da civilização terrena, e a ausência de espiritualidade. Nossa humanidade é composta por espíritos nativos e os exilados de outros planetas. Embora evoluídos intelectualmente,vieram degredados,por não terem desenvolvidoefetivamente os valores morais e prejudicavam a marcha evolutiva da população de seu orbe de origem. “Banidos temporariamente para a Terra, contribuíram para o nosso desenvolvimento social e tecnológico, e após alguns milênios, muitos conseguiram regressar” (Emmanuel, op. Cit., cap. 3 e 4).De forma equivalente, neste século, quando o nosso planeta completar o presente ciclo evolutivo eascender na escala planetária de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração, transferindo para mundos inferiores os espíritos recalcitrantes no mal, a profecia de Jesus estarácumprida: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.” (Mateus, 5:3-12).
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Alvaro Vargas, engenheiro agrônomo,Ph.D., presidente da USE-Piracicaba, palestrante e radialista espírita