O poder público e os desafios da energia solar

 

Alex de Madureira

 

Em dez anos, a fonte solar e fotovoltaica já trouxe ao Brasil mais de R$ 74 bilhões em investimentos e R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, de acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Porém, Piracicaba caminha tímida no que diz respeito ao investimento neste tipo de energia renovável.

A cidade possui 361 prédios públicos que atendem a população em serviços diversos. São escolas, unidades de saúde, cultura, assistência social, guarda municipal, obras, entre outros espaços, que poderiam se beneficiar enormemente de políticas voltadas ao desenvolvimento de energia sustentável.

 

Várias cidades brasileiras já estabeleceram convênios com o Ministério de Minas e Energia, com o objetivo de receberem financiamentos para a instalação de usinas fotovoltaicas. Elas certamente garantirão que os prédios públicos deixem de ter altos custos com energia elétrica. Resultando assim em uma enorme economia de recursos, que podem ser investidos em outras necessidades da população. Por isso, acreditamos que esta é uma porta que precisamos abrir para Piracicaba.

 

Só no Parque Engenho Central, por exemplo, os custos anuais com energia elétrica são superiores a R$ 1 milhão. No local, funcionam apenas cinco dos 21 barracões existentes. Ainda assim, mesmo os que estão em uso, não estão totalmente ocupados com a programação do projeto Engenho da Cultura.

 

Informes iniciais dão conta de que seria possível reduzir os custos mensais do parque para R$ 35 mil; e o custo anual para R$ 400 mil. Ou seja, uma redução de 60% no consumo de energia elétrica só naquele complexo.

 

Além disso, estudos e projeções técnicas indicam que em três anos, os investimentos feitos na implementação de projetos similares acabam sendo pagos. O resultado depois disso é uma economia permanente para o município, que pode reinvestir na construção de plantas para a implementação de locais com energia renovável. O próprio Engenho Central poderia abrigar um projeto piloto para a cidade. O que precisa ser melhor pesquisado e elaborado por especialistas.

 

Para além do contato com empresas locais e regionais, sabemos que o grupo Raízen possui imensa capacidade técnica para ajudar Piracicaba a avançar nesse campo, garantindo qualidade e economia.

 

Já a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e os organismos similares no Governo do Estado de São Paulo, certamente também poderão auxiliar Piracicaba na implementação de projetos em favor da energia renovável.

Coloco-me, portanto, à disposição do nosso prefeito, Luciano Almeida, para ajudá-lo a encaminhar esse assunto em São Paulo, Brasília ou outras instâncias.

 

Não tenho conhecimento sobre os custos totais da Prefeitura para manter a complexa máquina pública municipal, mensal e anualmente. Mas tenho certeza que um trabalho em conjunto é essencial para darmos passos maiores na busca por energias limpas, sustentáveis e que possam contribuir com a economia do município.

 

Agora que temos políticas públicas bem definidas para este campo, deveríamos conhecê-las e implementá-las em Piracicaba e nas demais 23 cidades que compõem a nossa Região Metropolitana.

 

Alex de Madureira,  deputado estadual pelo PL (Partido Liberal) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)

 

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