Caldeirão Político

UNIÃO
Talvez, no final dos ânimos, os tucanos de bico comprido (leia-se senador José Serra, SP) podem, ou devem, cair no colo do ex-presidente Lula (PT), considerando que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está com pacote de bilhões de reais para usá-lo em favor da sua reeleição. É problema sério isso, mas o bolsonarismo não permite qualquer leitura nesse sentido.

 

ELEVADOR — I
Na sessão da Câmara, do último dia 30, ao entrar em votação o parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR) sobre a emenda da vereadora Rai de Almeida (PT) no PL 94/2022, que trata sobre a concessão do elevador do Mirante, a parlamentar tentou de todas as formas argumentar e defender sua emenda, que alteraria significantemente a essência do texto.

 

ELEVADOR — II
Mas o parecer foi derrubado e na sequência votou-se o PL, o qual a vereadora insistia em discutir pela rejeição, mas foi voz isolada. O mesmo foi aprovado com apenas o voto contrário da vereadora do PT. Até a oposição que vota sistematicamente contra os projetos do Executivo, votou a favor, a exemplo do vereador Pedro Kawai (PSDB) que se pronunciou dizendo que o projeto, além de ser muito bom, irá propor mais possibilidades para que a iniciativa pública assuma o equipamento.

 

ELEVADOR — III
De gosto duvidoso (e há quem o ache cafona), é custoso (algo em torno de R$200 mil por ano), pouco utilizado e sem local de estacionamento ou parada de ônibus no entorno. Ou seja, o cidadão piracicabano pouco vai ou nunca foi ao ponto turístico. O elevador é o que se pode dizer que foi “um sonho de uma noite de verão” do ex-prefeito Barjas Negri (PSDB).

 

ELEVADOR — IV
Na análise dos governistas, a lei que altera o modelo para concessão do elevador pode ser a última tentativa de fazer com que a iniciativa privada torne o espaço um atrativo turístico de fato, sem onerar os cofres públicos, sob pena de que se não houver interessados o destino será a desativação. Como diziam um velho colunista deste jornal, “quem viver, verá”. Aguardemos.

 

RETROCESSO
O mandato coletivo “A Cidade É Sua” aponta o retrocesso na participação popular da Câmara, em artigo nesta edição de A Tribuna (página A3), após a aprovação do projeto de resolução que coloca a tribuna popular depois da votação da Pauta da Ordem do Dia – lá pelas 21h da noite. O questionamento do mandato representado pela vereadora Silvia Moraes (PV) é que a decisão do Legislativo vai contra o programa Parlamento Aberto, que rendeu elogios à Mesa Diretora.

 

NEPOTISMO?
A oposição ao prefeito Luciano Almeida (União Brasil) acusa a Administração Municipal de realizar “nepotismo cruzado” com a nomeação de Cleidelice Baltieri Borges como assessora especial de projetos da Prefeitura. Empresária do setor de construção civil, ela é esposa do vereador Josef Borges, que, a contragosto do seu partido, o Solidariedade, é líder de governo na Câmara. São coisas da política e da Política. Pode ser?

 

MERCADO MUNICIPAL

Assíduo frequentador do Mercado Municipal, o vereador Pedro Kawai (PSDB) enviou esse registro do espaço que, ontem, 5, comemorou 134 anos. “Ali se respira história”, avalia, ao destacar que o entreposto dos mais variados tipos de produtos foi construído em 1888, “com o objetivo de disciplinar o comércio de mercadorias e alimentos na cidade”, relata o parlamentar, citando informação do escrito Cecílio Elias Netto. Kawai também enaltece a comunidade japonesa, que sempre se utilizou do local, e destacou o papel da Câmara na construção do espaço.

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