Coral Municipal “Dorothéa Bená Ghirotti” retoma atividades

Maestro Genival da Silva e os novos integrantes voltam a dar vida ao coral instituído em 1985 – foto: Daniella Oliveira

Após quase 20 anos sem ensaios e apresentações, o Coral Municipal Dorothéa Bená Ghirotti retomou suas atividades em São Pedro. É no Museu Gustavo Teixeira, que todas as segundas-feiras o maestro Genival da Silva e os novos integrantes voltam a dar vida ao coral instituído em outubro de 1985.

De acordo com o coordenador de Cultura, Ivan Teixeira, foi preciso resgatar o decreto 1.712, de 1985, para formalizar o retorno do coral. “Dorothéa Bená Ghirotti foi a primeira mulher que criou um coral municipal em São Pedro. Ela ensaiava o grupo na varanda de sua casa”, disse, ao ressaltar que o decreto foi assinado na época pela ex-prefeita Antonieta Ghirotti Antonelli, filha de Dorothéa.

Conforme informações levantadas pelo coordenador, desde 2002 não havia mais relatos sobre o coral com essa denominação. “Assim como fazemos com a Orquestra de Violeiros e o teatro infantil e adulto, as aulas do coral são permanentes no Museu. Já temos um calendário anual de atividades e apresentações”, ressaltou Teixeira.

Com a participação de aproximadamente 30 coralistas, o maestro Genival da Silva prepara o grupo para arte do canto. “Por meio de exercícios de propriocepção corporal como o instrumento vocal, respiração costal diafragmática (própria para o canto), exercícios de aquecimento e preparação vocal como vocalises, cânones e por fim a prática de repertório, que vai do erudito ao popular, contemplando os diversos estilos musicais”, descreveu sobre as técnicas utilizadas nas aulas.

Além disso, Silva explicou que os cantores recebem uma formação sobre o que é o canto coral. “Não é simplesmente um agrupamento de pessoas cantando juntas e de qualquer forma, mas antes, é um estilo musical próprio, dividido a 3 ou a 4 vozes, fazendo música de forma colaborativa e comunitária”, disse, ao destacar a assiduidade nos ensaios e o comprometimento com o grupo. “Afinação e afinidade têm a mesma raiz”.

O casal de aposentados Mario Sergio de Souza e Rosana Chaffer faz parte dessa nova formação do Coral Municipal. Há 10 anos ele começou a tocar violão e quis aprender a cantar. “Me indicaram entrar no coral da igreja, com o Genival. Entrei, fiquei alguns anos e foi uma experiência muito legal”. No período da pandemia, eles ficaram afastados da música e só retornaram agora. “Com o coral da Prefeitura, a gente resolveu voltar e está sendo uma experiência bem legal de novo”.

A estudante Ana Áurea sempre gostou de música e desde criança queria ser cantora. Com incentivo da família e do próprio maestro Genival, além de fazer parte do coral, hoje faz licenciatura em música no Conservatório de Tatuí. “O coro dá para gente muita visão de história, de percepção e técnica musical. Eu costumo falar muito que a música une as pessoas e no coro isso acontece muito”, disse.

Fotos: Daniella Oliveira

 

 

 

 

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