José F. Höfling
Quando ficamos diante deste termo (ideologia), em princípio, parece algo difícil de entender ou que não compreendemos muito bem… Na verdade, seu significado descreve com muita propriedade o que representa, literalmente “ideologia” vem de “ideia” do grego IDEA, “protótipo ideal”. Literalmente “forma, aparência de IDEIN, “Ver”, mais logos, tratado, discurso, estudo”. Resumindo: trata-se da visão de mundo que “sustenta” os princípios maiores de cada um… Provavelmente, desde que o “homem é homem”, faz uso desse conceito, muitas vezes apropriadamente, mas outras não… ou seja, vem muitas vezes acompanhada de agressividade e de “autoritarismo” na tentativa de impingir o seu modo de pensar e de agir embebido de sua forma de ver o mundo ou de fatos que foram incutidos em sua mente… isso serve para todos.
No entanto, os fatos como os vemos, nem sempre correspondem à realidade concreta ou à história dos acontecimentos, o que nos leva, muitas vezes, a expressar ideias que não correspondem aos fatos e, sim, ao que pudemos incutir em nossas mentes, nos tornando “radicais raivosos” como se os demais “fossem idiotas”.
Portanto, se essas ideias não forem processadas adequadamente e expressas de modo a dar às pessoas algo sólido em que pensar, se transforma em um “instrumento obsessivo de colocação de seus principios”… portanto, um malefício e não o contrário, induzindo as pessoas a “rotular” a forma de ver os fatos e “compartilhar” ideologias, tipo “inteligentes, medíocres, idiotas, de esquerda, de direita, afetos à TFP, comunistas, etc., ou seja, não se atém à história dos fatos e sim àquilo que sua mente “absorveu” fruto muitas vezes da manipulação de ideologias para fins próprios e antidemocráticos, transformando a Sociedade cujos indivíduos tornam-se “rebanhos” de um pensamento maior muitas vezes originado de um indivíduo nefasto para a Sociedade, cujos interesses “maiores” são contrários à democracia, cujos princípios ainda ao meu ver, mesmo com as incorreções, devem ser defendidos a todo custo.
Nas próximas eleições, devemos abrir nossa mente e olhos para enxergar os fatos, a história de vida dos candidatos em relação à sociedade, o que ele fez e faz, qual a proposta de seu governo que beneficia a todos e salvaguarda a democracia, liberdade de pensamento, respeito ao individualismo popular, crenças e modos de pensar e agir, e não ideias radicais prontas, sob a égide do desrespeito individual, autoritarismo, pouco afeto às necessidades do povo e de suas crenças, alheios ao que já foi feito de bom pra a sociedade anteriormente, independente de quem foi.
Um alerta às fakenews: inverdades, manipulação pela mídia e radicalismos impedem uma compreensão maior da verdade e necessidade de uma Sociedade democrática!
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José F. Höfling, professor da Unicamp